Avaliação da ictiofauna, vegetação ripária, palustre e aquática como indicador da qualidade das águas superficiais do córrego Bom Jardim, Brasilândia/MS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Almeida, Nereida Vilalba Alvares de
Orientador(a): Pinto, André Luiz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2051
Resumo: Visando contribuir para a qualidade ambiental do Córrego Bom Jardim, em Brasilândia, MS. O presente trabalho foi monitorado através dos parâmetros fisioquímicos de suas águas, combinada a bioindicadores, particularmente ictiofauna e vegetação ripária, palustre e aquática, e ao uso, ocupação e manejo da terra, durante as estações do ano de 2012, em oito pontos amostrais. O enquadramento das águas da bacia deu-se segundo a resolução CONAMA 357 de 2005. A Bacia Hidrográfica do Corrégo Bom Jardim (BHCBJ) é ocupada por pelo menos quatro grupos sócios culturais diferentes, que exercem relacionamentos diferenciados com a terra; e em um dos seus afluentes recebe o canal da estação de tratamento de esgoto urbano de Brasilândia. Em todo seu percurso sofre elevada ação antropogênica, especialmente pela retirada da vegetação marginal e ocupação da encosta por pastagem, foram feitas amostragens da água para medição dos parâmetros físico- químicos coleta de peixes e caracterização das vegetações. No ponto 1, foram registrados bons índices de qualidade das águas em toda a amostragem classificou-se na classe I do CONAMA, com total foram capturados (29) peixes e (50 espécies) de vegetações entre ripária, palustre e aquática. No ponto 2, com assoreamento, transporte de sedimentos e elevada turbidez, no inverno o OD foi de 4,9mg/l, posicionando na classe III. Dos pontos analisados o ponto 6 apresentou a pior qualidade das águas da Bacia sendo o parâmetro OD mais restritivo no verão, outono e primavera, ficou na classe IV, houve registro de apenas 3 espécies vegetais e as espécies de peixes registradas apresentam alguma tolerância à baixa oxigenação. O Ponto 8 apresentou baixa oxigenação, no verão e outono mostrou melhores condições, provavelmente por encontrar-se em área protegida da RPPN Cisalpina e distante do ponto de lançamento de esgoto, apresentando maior biomassa de macrófitas e riqueza na ictiofauna, sendo considerado importante local, de berçário, essencial à manutenção da ictiofauna da bacia do Bom Jardim e do Paraná. O uso dos bioindicadores, e os parâmetros mostraram se eficientes, mostrando a fragilidade ambiental da BHCBJ e a necessidade de se replanejar o seu uso, ocupação e manejo da terra, em especial o agropecuário. Ao longo das quatro estações monitoradas, o córrego Bom Jardim apresentou classes variadas de qualidade das águas, devido, sobretudo, às transformações pelos diversos usos, ocupação e manejo da terra, e pelos volumes de precipitações. Pode-se observar que a vegetação exerce influência direta na qualidade do ambiente e consecutiva da água, o que se reflete na diversidade em espécies e na abundância de peixes. Conservar os ambientes aquáticos significa manter as condições ambientais mais próximas as naturais, para que possam ter seus usos múltiplos garantidos.