Arqueogenealogia da orquestra Viver Bem!

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Serra, Arthur Galvão
Orientador(a): Osório, Antônio Carlos do Nascimento
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1890
Resumo: O Ponto de Cultura Viver Bem! é um projeto social em Campo Grande (MS) que oferece, entre outras atividades, aula de música clássica aos jovens do bairro Nova Lima. A proposta foi investigar, nesse lócus, os processos de subjetivação e a governamentalidade, considerando os jovens como sujeitos atores da resistência nas relações de poder que o envolvem. Como procedimentos, realizamos análise foucaultiana de práticas e discursos (arqueogenealogia) a partir do arquivo da instituição e de entrevistas gravadas com os jovens. A seleção de enunciados para a análise foi orientada, conforme propõe o autor, pela problematização sobre o objeto de pesquisa (a instituição), considerado como performado por sujeitos, não como um objeto dado e definido, mas cujas definições podem ser investigadas em sua proveniência de acontecimentos, como resultado provisório e não definitivo das relações de poder. Foi possível concluir que o envolvimento dos sujeitos no projeto social pode ser explicado pelo recurso que eles podem fazer a um repertório de discursos conforme os movimentos de resistência produzirem suas condutas; que as próprias práticas dos sujeitos compõem a situação social de forma materialmente verificável; discursos governamentais se utilizam das dispersões e disposições dos enunciados produzindo a norma que não incidirá definitivamente sobre os sujeitos, mas que: no nível geral pode ser analisada em suas regularidades, gerando o saber estatístico, que tem um uso de governo, uma implicação no trato da população; no nível individual, se utiliza da disciplina para produzir efeitos considerados úteis favorecendo a produção de uma subjetividade ajustada, a partir de saberes táticos.