Programa mulheres mil: subjetividade, inclusão e governabilidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Carla Renata Capilé
Orientador(a): Osório, Antônio Carlos do Nascimento
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2644
Resumo: Este trabalho é fruto da pesquisa realizada sobre o Programa Mulheres Mil, como uma das ações do Estado brasileiro, coordenada pelo Governo Federal que tem, como um de seus propósitos, a formação profissional e tecnológica articulada com elevação do nível de escolaridade de mulheres de baixa renda. Um dos objetivos deste estudo foi identificar as formas de subjetivação das participantes, com base nos discursos oficiais presentes nessa política e, também, se houve rupturas significativas nas condições de vida dessas participantes, tendo, como suporte de análises, partes dos pressupostos teóricos e metodológicos de Michel Foucault. O ponto de partida foram os documentos norteadores do Programa e a sua operacionalidade no município de Aquidauana/MS, em que se tomaram, como subsídios, seus objetivos, metas, proposta metodológica (análise documental) e os resultados das entrevistas realizadas com 19 estudantes concluintes dos cursos ofertados no ano de 2013. Os resultados finais indicam que o Programa Mulheres Mil apresenta, em seus discursos oficiais, uma proposta marcada por elementos subjetivos relacionados à inclusão educacional, à produtividade e aos aspectos sociais. Porém, os resultados alcançados apontam um conjunto de contradições, a começar pela operacionalidade do Programa diante das condições materiais de cada uma das participantes, que demarca um conjunto de tecnologias e estratégias que visam, preponderantemente, aos interesses de cunhos políticos e econômicos, em detrimento de uma transgressão das condições existenciais de cada participante. Dessa forma, é necessário refletir sobre a governabilidade do Programa Mulheres Mil, a fim de que ele possa, realmente, proporcionar mudanças significativas na vida das estudantes, em vez de reforçar as práticas de exclusão a qual estão submetidas.