Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Pompilio, Maurício Antonio |
Orientador(a): |
Pontes, Elenir Rose Jardim Cury |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1874
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Resumo: |
A população privada de liberdade tem risco maior de adquirir doenças infecciosas e parasitárias devido a determinantes sociais como o próprio confinamento, a violência, desconhecimento de medidas de prevenção e o uso de drogas lícitas e ilícitas. Este estudo teve por objetivo conhecer os aspectos epidemiológicos e clínicos da infecção por HIV/Aids e hepatite C em prisioneiros de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O projeto foi desenvolvido em duas fases: a primeira entre 2008-2009 para estimar a soroprevalência da hepatite C. Foram testados 443 homens e 243 mulheres de unidades prisionais de regime fechado. As amostras anti-HCV positivas foram testadas para detecção do RNA viral (RTPCR) e genotipagem (INNO-LiPA). A prevalência geral de infecção pelo HCV foi de 4,8% (IC 95%: 3,4% a 6,8%), maior em homens, usuários de drogas injetáveis, tatuados, idade superior a 50 anos, número maior de prisões, história prévia de DST, transfusão de sangue e indivíduos com HIV /Aids. A coinfecção HIV-HCV foi de 33,3%. A segunda fase constitui-se de um grupo de 103 pacientes (72 homens e 31 mulheres) vivendo com HIV/Aids no ambiente prisional no período de 2009 a 2010. Comportamento sexual de risco, exposição a drogas lícitas e ilícitas e histórico de DST foram descritos em pacientes com infecção pelo HIV. A reincidência no sistema prisional foi frequente em ambos os sexos e doenças crônicas tiveram baixa prevalência. A prevalência da hepatite B foi de 7,4% entre os homens com HIV/Aids e 16,8% tinham VDRL reagente. Os genótipos de HCV encontrados na coinfecção foram 1 e 3. Tuberculose, pneumonia, candidíase orofaríngea e herpes zoster foram as principais doenças oportunistas. Aids foi confirmada em 55 indivíduos por critérios CDC e 65 por critério Rio de Janeiro. TARV foi utilizada por 55% dos prisioneiros com HIV/Aids. A estratégia de screening para HCV, HIV e outras doenças infecciosas em pessoas privadas de liberdade é importante porque estabelece o diagnóstico oportuno e permite o tratamento, bloquea a cadeia de transmissão e promove a melhora da qualidade de vida dos presidiários. Este benefício pode se estender para seus familiares e funcionários do sistema prisional. |