Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) em seus alicerces: acontecimentos, institucionalidades e discursos (1962-1979)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Oliveira, Márcia Regina Cassanho de
Orientador(a): Osório, Antônio Carlos do Nascimento
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2956
Resumo: A presente tese analisa os discursos sobre a emergência e consolidação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), no período de 1962 até o ano em que foi federalizada em 1979. Nosso corpus se constitui de obras memorialísticas, arquivos, relatórios, atas de registros, jornais e históricos escolares sobre a fundação da referida universidade, textos-objeto de análise de discurso arqueológico, com a finalidade de apreender as práticas discursivas, historicamente constituídas, ligadas no contexto de sua emergência. Problematizando a escrita da historiografia tradicional, em sua pretensão de cientificidade, abordamos os discursos enquanto práticas no interior de uma batalha pela constituição da memória e da história. Assim, as práticas não discursivas são integradas no campo de estudo arqueológico, que inclui, além dos arquivos, a história da instituição, de seus agentes, bem como do contexto social e político, contribuindo para o entendimento das condições de emergência da Universidade e o ensino público superior em Mato Grosso e em Mato Grosso do Sul, em suas múltiplas relações com os poderes estabelecidos. Nossa hipótese geral é a de que a emergência da referida instituição de ensino está diretamente relacionada a partir do consórcio entre interesses das elites campo-grandenses e das classes médias, bem como aos interesses dos governos – no nível local, nacional e internacional, em um contexto de convulsão social, internamente, e de Guerra Fria, no plano internacional – respaldados na relação, estabelecida na cultura ocidental, entre saber e poder, colocando a disposição os sujeitos nas diferentes formas de compreensão de suas atuações.