Educadores ambientais sem fronteiras: identidade e pertencimento na biorregião transfronteiriça do Rio Apa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: ORTELHADO, PATRICIA LIMA FIGUEIREDO lattes
Orientador(a): VARGAS, ICLEIA ALBUQUERQUE DE lattes
Banca de defesa: VARGAS, ICLEIA ALBUQUERQUE DE lattes, ZANON, ANGELA MARIA lattes, PEDRINI, ALEXANDRE DE GUSMAO lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências
Departamento: INFI
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/11365
Resumo: Na biorregião fronteiriça da bacia do rio Apa vivem dois povos. Separando geograficamente brasileiros e paraguaios está o principal rio desta bacia, o Apa. Um coletivo de educadores, o Grupo de Educadores Ambientais Sem Fronteiras (GEASF) desbrava por este território em busca de novos olhares para as questões socioambientais, objetivando atuar com atividades contextualizadas sobre a Bacia Hidrográfica do Apa e contribuir para a gestão compartilhada e sustentável de suas águas. O rio Apa para esse coletivo não representa a separação geográfica ou o limite, mas o símbolo de uma união para a conquista de uma sociedade sustentável. Este trabalho buscou retratar o percurso do GEASF em sua biorregião, apontando a identidade e a relação de pertencimento desse coletivo com o lugar. Os sujeitos da pesquisa são os educadores brasileiros e paraguaios que atuaram na Proposta Pedagógica Rio Apa: unindo dois povos, submetida pelo GEASF em 2010, e desenvolvida em escolas brasileiras e paraguaias. A investigação foi realizada nas cidades-gêmeas de Bela Vista/BR e Bella Vista/PY e as questões orientadoras do estudo vincularam-se a: 1) a biorregião fronteiriça; 2) identidade e pertencimento do GEASF e o envolvimento com o tema gerador: água; 3) ação da autora, enquanto membro do grupo, na rearticulação do GEASF através de um plano elaborado para e com o grupo. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo pesquisa-ação, com a utilização dos seguintes instrumentos metodológicos: análise documental, questionário, observação, diário de bordo e participação direta. Para a análise dos dados apoia-se nos círculos hermenêuticos da fenomenologia: compreensão, interpretação e nova compreensão. A intervenção proposta contribui para a identificação de novos protagonistas e redefinição de planos e metas para o grupo. Dos resultados mais relevantes, nota-se que o GEASF teve um percurso direcionado para o ensino formal nos seus primeiros anos, depois suas ações conseguiram transpor os muros das escolas, criando oportunidades em espaços não formais. Com a gênese do GEASF foi possível vivenciar o processo de discussões coletivas, planejamentos e crescimentos mútuos, desencadeando a necessidade de organização e continuidade pelos caminhos de uma Educação Ambiental contextualizada, refletida em um Plano de Ação anual. O GEASF, hoje, tornou-se um coletivo educador reconhecido na biorregião de atuação, proporcionando a conquista de novos espaços e constituindo verdadeiros círculos de cultura, nos quais, brasileiros e paraguaios, usufruem de férteis oportunidades para dialogar e agir diante das questões socioambientais.