A Helena da Odisséia e sua revisão historiográfica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Frederico Marques Sabino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/ECAP-8M4HZ9
Resumo: Em minha dissertação de mestrado, trabalhei sobre as diferentes versões do mito de Helena em Heródoto, Homero, Estesícoro e Górgias. Ao longo das 82 páginas apresentadas à banca examinadora, tentei mostrar como a constante revisão desse mito culminou em uma maior conscientização da produção poética e seus procedimentos miméticos. Primeiramente, abordei a versão contada por Heródoto no livro II das Histórias, segundo a qual Helena nunca esteve em Tróia e permaneceu durante toda a guerra no Egito; em seguida, destaquei em Homero o caráter dúbio de Helena, cuja verdadeira participação na Guerra de Tróia se torna um problema de interpretação; na versão de Estesícoro, ele diz que a verdadeira Helena permaneceu no Egito, enquanto o seu simulacro foi para Tróia; por fim, verifico em Górgias de que maneira essa dualidade de Helena se transforma em um princípio geral de retórica. Na conclusão, retomo Heródoto para apontar como, em sua revisão do mito de Helena, ele mostra que toda e qualquer versão sobre a mais bela das mulheres será sempre uma opinião, não sendo possível definir sua verdadeira identidade.