Avaliação de uma tecnologia mHealth para a promoção da saúde vocal do professor
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA Programa de Pós-Graduação em Ciências Fonoaudiológicas UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/49339 |
Resumo: | Introdução: a eHealth é o uso de tecnologias de comunicação e informação destinados à melhoria da qualidade de prestação de serviços em saúde. Quando aplicada em dispositivos eletrônicos móveis, é designada mHealth, porque permite uma comunicação de modo contínuo, interativo com uso da internet sem fio e de fácil manuseio. As tecnologias mHealth oferecem maior mobilidade e acessibilidade aos serviços de saúde, além de possibilitarem o desenvolvimento de conteúdos de saúde interativos que despertam o interesse do usuário. Para professores, profissionais da voz com maior risco de desenvolver problemas vocais, o desenvolvimento dessas tecnologias pode contribuir para a promoção da saúde vocal. Objetivo: avaliar a usabilidade e aceitabilidade de uma ferramenta mHealth de promoção de saúde vocal e analisar sua associação com dados sociodemográficos, de trabalho, autoconhecimento sobre cuidados vocais, autopercepção da voz, desvantagem e sintomas de fadiga vocal em professores de ensino fundamental. Método: estudo observacional transversal, realizado com uma amostra de 277 professores do ensino fundamental da prefeitura de Belo Horizonte-Minas Gerais. Após os procedimentos éticos, todos os professores foram convidados, por meio eletrônico, a explorar uma tecnologia mHealth intitulada: Saúde e Voz/Versão brasileira, disponibilizada gratuitamente no site do Observavoz, que é integrado à Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. Após a interação com a tecnologia, os participantes preencheram um questionário online. O instrumento investigou dados sociodemográficos, de trabalho, de autopercepção da voz, de sintomas de fadiga vocal, de desvantagem vocal voz e de conhecimentos sobre cuidados vocais pré-utilização da ferramenta e pós-utilização da ferramenta. Utilizou-se também a Escala de Usabilidade do Sistema (System Usability Scale, SUS), acrescida de um questionário de aceitabilidade, o Protocolo do Índice de Desvantagem Vocal (IDV-10) e o Protocolo Índice de Fadiga Vocal (IFV). Para o processamento e análise dos dados, utilizou-se o software SPSS (Statistical Package for the Social Sciences), versão 22.0. Para apresentar os resultados, realizou-se a análise descritiva e de associação dos dados. Para a análise de associação, utilizou-se os testes de correlação Qui-quadrado, Exato de Fisher, Mann Whitney e Wilcoxon, sendo considerado significante o valor de p ≤ 0,05. Resultados: a pontuação média do SUS foi 81,9 pontos; a média do escore total das questões de aceitabilidade foi 17,24. A pontuação média do IDV-10 foi 6,96 pontos e do IFV foi 21,11 pontos. Não observou-se associação entre usabilidade e as variáveis do estudo. A maioria dos participantes avaliou como alta a aceitabilidade da tecnologia (65,3%). Houve associação entre aceitabilidade e o trabalho em dois turnos (p=0,019) e entre aceitabilidade e usabilidade (p<0,001). Houve diferença ao comparar a autopercepção do conhecimento em cuidados vocais antes e após o uso da ferramenta. A média das notas autorreferidas antes da utilização foi de 7,77 e após o uso da ferramenta a nota média foi de 9,13 (p<0,001). Houve associação entre a usabilidade e a autopercepção do conhecimento sobre os cuidados com a voz, após a utilização da tecnologia (p=0,000). O item Mitos e verdades sobre a saúde da voz foi considerada a atividade mais importante para os cuidados com a voz (89,5%), e a atividade menos apreciada foi um jogo de revisão dos conhecimentos - Jogo das correspondências (28,2%). Conclusão: a tecnologia mHealth Saúde e Voz tem alta usabilidade e aceitabilidade para professores do ensino fundamental, e o conhecimento autorreferido sobre cuidados vocais aumenta após a sua utilização. As atividades interativas, ilustradas e com feedback imediato de respostas têm melhor aceitação dos professores e devem ser incentivadas em novas propostas mHealth de promoção da saúde vocal para professores. Não observa-se associação da usabilidade com autopercepção de desvantagem ou sintomas de fadiga vocal. |