A corpus-based investigation of the language of chemistry and physics textbooks and its implications for English for reading
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FALE - FACULDADE DE LETRAS Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/33642 |
Resumo: | Este é um estudo descritivo que investiga características lexicais e gramaticais da linguagem encontrada nos livros didáticos de química e física utilizados no ensino superior. Nosso objetivo final é mapear padrões comuns neste registro para informar professores e desenvolvedores de materiais que estejam interessados no ensino de inglês para fins específicos; particularmente, inglês para leitura no contexto dos cursos de ciências duras/engenharia do ensino superior. Por esse motivo, também criamos amostras de atividades para ilustrar possíveis aplicações de nossas descobertas. Frequentemente, os livros destinados ao ensino de inglês para leitura (no Brasil, comumente chamado de inglês instrumental) fazem uso de textos retirados de jornais e revistas como um meio de insumo. Portanto, para realizar nossa investigação, um corpus de textos de notícias retirados do British National Corpus (BNC) é comparado com outros dois corpora, a saber, TB-Chem (Corpus de livros-textos de química) e TB-Phy Corpus de livros-textos de física), que foram compilados seguindo rigorosos procedimentos metodológicos baseados nos conceitos de representatividade (Biber, 1993) e equilíbrio (McEnery, Xiao, Tono, 2006). Os três corpora contêm aproximadamente 500 mil palavras cada, e são feitas comparações dentro e entre corpora. Os resultados mostram que os padrões lexicais, gramaticais e retóricos diferem consideravelmente entre química e física, de um lado, e notícias de jornais, de outro. Por exemplo, os itens lexicais mais comuns em química e física são dramaticamente diferentes daqueles encontrados nas notícias. Além disso, n-gramas (sequências de palavras que comumente coocorrem) apresentam padrões semelhantes nos livros didáticos de química e física, que contrastam com os encontrados no corpus de notícias. No que diz respeito aos tempos verbais, o presente simples é preferido nos livros didáticos de química e física, enquanto as notícias apresentam um número maior de ocorrências do passado simples. Entre todos os outros marcadores de tempo / aspecto (e.g. present perfect e past progressive) o corpus de notícias mostra frequências mais altas e funções discursivas diferentes do que TB-Chem e TB-Phy. Por fim, no que diz respeito à complexidade gramatical frasal, em química e física, verificou-se que a maioria dos substantivos modificados por adjetivos atributivos pertencem à categoria de classificadores, enquanto nas notícias esses adjetivos são distribuídos de maneira mais uniforme nas categorias de classificadores e descritores. Quanto aos substantivos modificados por outros substantivos, observamos que o número e os tipos de substantivos que ocupam os posições N1 e N2 na química e na física contrastam fortemente com os encontrados nas notícias. Os resultados apontam para a necessidade de que outras fontes de insumo, em vez de artigos de jornais/ revistas, sejam utilizadas nos materiais pedagógicos voltados para o ensino de inglês para leitura. |