Análise espacial e temporal leishmaniose visceral no estado de Minas Gerais de 2008 a 2019

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Stefânia dos Santos Gazzinelli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
VETER - ESCOLA DE VETERINARIA
Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/44850
Resumo: A Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença negligenciada e um grave problema de saúde pública em expansão e com altas taxas de morbimortalidade nos países em desenvolvimento. Índia, Bangladesh, Sudão, Sudão do Sul, Brasil e Etiópia concentram mais de 90% da LV. No Brasil a distribuição desses casos é heterogênea sendo que em Minas Gerais, estado da região sudeste, mais de um terço dos casos brasileiros ocorreram desde a década de 90. Considerando a relevância da doença e sua distribuição espacial heterogênea, esta pesquisa teve como objetivo analisar a distribuição temporal e espacial da LV no estado de Minas Gerais no período de 2008 a 2019. Técnicas de geoprocessamento e análise espacial foram aplicadas para identificar áreas de maior risco para LV. A taxa média de incidência de LV encontrada foi de 2,0 casos/100.000 habitantes e a letalidade foi de 10,1%. Os homens com autorrelato de cor parda foram os mais acometidos (54%); os sintomas mais relatados foram: febre (90,76%), fraqueza (79,34%) e esplenomegalia (75,45%). Foi encontrada uma correlação moderada e positiva entre o risco relativo do cluster e a “taxa de analfabetismo” (ρ:0, 4320/p<0,001), correlação fraca e positiva entre o risco relativo do cluster e a “porcentagem de vulneráveis à pobreza” (ρ: 0,3065/ p<0,0001), “percentual de pobres” (ρ:0,3257 / p<0,0001), “percentual de crianças em domicílios onde nenhum morador completou o ensino fundamental” (ρ: 0,2740/p<0,0001). Correlação fraca e negativa entre o risco relativo do cluster e o “IDHM” (ρ:-0,2642/p<0,0001) e “renda per capita” (ρ:-0,2931/p<0,0001) e correlação positiva muito fraca em relação ao “índice Gini” (ρ:0,1919/p<0,005). Esta pesquisa fornece evidências para uma melhor escolha na alocação de recursos e na criação de estratégias de controle em um local com grande frequência de ocorrência de LV no Brasil.