Haverá forças mais construtivas do que o pensamento e a imaginação? : um debate sobre identidades em Alice Canabrava
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FAF - DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA Programa de Pós-Graduação em História UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/67032 |
Resumo: | Este trabalho propõe uma problematização das diversas identidades atribuídas à Alice Canabrava quando a historiadora já se encontrava estabelecida no cenário intelectual brasileiro, a partir das décadas de 1980 e 1990. Também as identidades elaboradas por Alice Canabrava sobre si e a imagem que ela constrói do historiador ideal centrada na figura de Fernand Braudel, em suas memórias, são investigadas neste texto. O objetivo é analisar a complexidade dos pertencimentos e diálogos travados pela historiadora ao longo de sua trajetória profissional, de modo a demonstrar os riscos da tentativa de estabelecer identidades rígidas e permanentes aos sujeitos investigados. Alguns analistas da trajetória intelectual de Alice Canabrava tenderam a interpretá-la como herdeira dos Annales, silenciando outras referências fundamentais às suas produções. Para demonstrar as nuances desses diálogos, investigo seus textos de história da historiografia que deixam ver seus múltiplos contatos intelectuais. Outras pesquisas tenderam a atribuir-lhe uma identidade de pioneirismo feminino (e em alguns casos de feminista) em função dos constrangimentos que enfrentou em seu estabelecimento na universidade e os relatos que produziu sobre essa experiência. Além de explorar uma sociologia do campo, para compreender os lugares marginalizados que as mulheres ocuparam na conformação dos cursos universitários de história, contrasto tal identidade, quase consensual, com a recusa de Alice Canabrava ao feminismo, de modo a refletir sobre a complexidade de seus pertencimentos. Por fim, investigo as memórias da historiadora a fim de compreender o papel do gênero e das performances corporais na formulação de uma identidade historiadora por Alice Canabrava, seja na reflexão sobre sua própria trajetória acadêmica ou na caracterização de Braudel como o tipo ideal. |