Efeitos do banho no leito a seco e tradicional sobre as alterações oxi-hemodinâmicas: ensaio clínico randomizado cruzado
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil ENFERMAGEM - ESCOLA DE ENFERMAGEM Programa de Pós-Graduação em Enfermagem UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/33926 https://orcid.org/0000-0001-9527-7325 |
Resumo: | Em virtude dos riscos gerados para os pacientes pelo tradicional banho no leito, métodos alternativos como o banho a seco, vem sendo incorporados à prática clínica. No entanto, há carência de estudos que comparem os efeitos oxi-hemodinâmicos desses dois banhos. Assim, realizou-se esta pesquisa com o objetivo de avaliar os efeitos do banho no leito a seco em relação ao banho no leito tradicional sobre as alterações oxi-hemodinâmicas (temperatura corporal, frequência respiratória, frequência cardíaca, saturação transcutânea de oxigênio arterial e pressão arterial) em pacientes críticos. Trata-se de um Ensaio Clínico Randomizado, crossover, aberto, realizado com 50 pacientes críticos, entre os meses de setembro de 2018 e fevereiro de 2019. Cada paciente foi o seu próprio controle e recebeu, de forma aleatória, o banho no leito a seco e o tradicional, com um intervalo de 24 horas entre eles. As variáveis oxi-hemodinâmicas foram mensuradas em seis momentos: no início dos banhos, aos 10 minutos, no início e no fim da lateralização dos pacientes, ao final do procedimento e 15 minutos após o seu encerramento. Avaliou-se também o tempo de execução dos banhos e de lateralização dos pacientes. Realizou-se análise descritiva e inferencial, utilizando-se o modelo de Equações de Estimações Generalizadas. O tamanho do efeito foi verificado pela análise do d de Cohen e delta de Cliff. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas (parecer 2.550.114). Não houve diferença estatisticamente significativa das variáveis oxi-hemodinâmicas entre os diferentes banhos, mas ao longo do tempo, observou-se redução da temperatura axilar dos pacientes nos dois procedimentos (p<0,05). No banho tradicional, os pacientes também apresentaram, ao final da sua lateralização, elevação da frequência respiratória (24,58 incursões por minuto) (p=0,029). Em relação à significância clínica, o efeito gerado pelo banho a seco sobre as variáveis oxi-hemodinâmicas foi considerado desprezível. O tradicional banho no leito gerou um efeito de pequena magnitude sobre a redução da temperatura axilar e elevação da frequência respiratória. O banho no leito a seco foi considerado mais rápido (18,59 minutos) que o tradicional (26,45 minutos) (p <0,001). Nesse tipo de banho, os pacientes permaneceram lateralizados por um tempo inferior (6,59 minutos) ao do banho tradicional (7,59 minutos) (p<0,001). Concluiu-se que ao serem submetidos ao banho no leito a seco, os pacientes apresentaram, ao longo das mensurações, redução da temperatura axilar. Durante o banho tradicional, além da redução da temperatura axilar, houve elevação da frequência respiratória. Clinicamente, os efeitos gerados pelo banho a seco sobre as variáveis oxi-hemodinâmicas foram considerados desprezíveis, assim como a maioria dos efeitos do banho tradicional. No entanto, o tradicional banho no leito apresentou efeitos negativos sobre a temperatura axilar e frequência respiratória, que apesar de serem de pequena magnitude não devem ser negligenciados. O banho a seco foi superior ao tradicional pelo menor tempo de execução e lateralização dos pacientes. Os aspectos positivos desse método de banho poderão encorajar a sua incorporação nos serviços de saúde. Ademais, independentemente do tipo de banho realizado, espera-se que sejam mantidos o rigor metodológico e a monitorização oxi-hemodinâmica dos pacientes. |