Mysterium illustratum : a occulta philosophia e a arte da maniera em Florença
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FAF - DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA Programa de Pós-Graduação em História UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/62153 |
Resumo: | Nas primeiras décadas do século XVI, surge uma nova linguagem artística, resultante de especulações estéticas originais e de uma transformação na posição social do artista e de sua arte. De uma perspectiva teórica, este estilo, florescido inicialmente em Florença e Roma, conhecido pela historiografia da arte como Maniera ou maneirismo, caracterizou-se pela proximidade com os campos literários e filosóficos, levando à emergência de uma arte profundamente intelectualizada, imbuída por diversos níveis de significados, acessíveis apenas a um público restrito e erudito de aristocratas e letrados. Neste cenário, emerge a influência das ideias provenientes do neoplatonismo renascentista, movimento filosófico impulsionado pelos esforços de Marsílio Ficino (1433-1499) e seus seguidores, membros da chamada Academia Platônica de Florença. O impacto desta corrente filosófica foi vasto e profundo, difundindo-se em diversos campos do saber humano, entre eles as artes visuais. Na estética maneirista, a metafísica neoplatônica foi utilizada como fundamento filosófico por teóricos e artistas, tornando-se uma ferramenta importante em suas buscas pela elevação do prestígio social das artes como disciplinas intelectuais. A difusão do neoplatonismo sobre as concepções estéticas e suas expressões artísticas é o objeto de estudo do presente trabalho, tendo como foco a arte florentina produzida sob o ducado de Florença, a partir do ducado de Cosimo I (1519-1574) iniciado em 1537, atingindo seu apogeu nas últimas décadas do século XVI, quando as novas diretrizes impostas pela Contra-Reforma sobre as imagens consolidam-se na arte florentina, representando o fim do maneirismo na cidade. O estudo deste fenômeno visa contribuir, em um sentido mais amplo, para uma melhor compreensão sobre a cultura e a arte Renascentista. Em um sentido estrito, para um melhor entendimento dos modos pelos quais correntes esotéricas impactaram as artes visuais, lançando ainda uma visão mais profunda da arte maneirista em Florença. |