O perfil do docente/pesquisador da Ciência da Informação no Brasil: uma análise da formação e da produtividade científica
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil ECI - ESCOLA DE CIENCIA DA INFORMAÇÃO Programa de Pós-Graduação em Gestão e Organização do Conhecimento UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/42881 |
Resumo: | A constituição e a consolidação de um campo de conhecimento consistem no aprofundamento teórico e metodológico, bem como na aplicação dessas teorias e metodologias em pesquisa e serviços/produtos para a sociedade. A formação docente é um importante elemento para a construção de um novo espaço de discussão acadêmica, pois nesse espaço são construídas abordagens e perspectivas temáticas, tanto do ponto de vista teórico, quanto metodológico. A Ciência da Informação, no Brasil, abriga docentes/pesquisadores de diversas áreas do conhecimento, que se fazem presentes no ensino e na pesquisa. Esta pesquisa teve o objetivo de analisar a formação dos 327 docentes/pesquisadores dos 18 Programas de Pós- Graduação Stricto senso em Ciência da Informação e sua produção científica no período de 2010 a 2021. Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória quanto aos objetivos, por proporcionar maiores informações acerca de um conteúdo pouco explorado por estudos científicos. A coleta dos dados sobre os programas Pós-graduação foram levantados na Plataforma Sucupira e por meio das páginas de cada programa. Para análise dos perfis dos docentes/pesquisadores foram utilizadas as seguintes categorias de formação: Graduação; Mestrado; Doutorado; Mestrado e Doutorado; Docentes Sem Formação na Área; Docentes bolsistas de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); e Linhas de Pesquisa. Para análise da produtividade científica, foram selecionados 50% dos docentes/pesquisadores com maior número de produções científicas de cada Programa, utilizando as seguintes categorias analíticas: Periódicos Científicos; Qualis/Capes e Produção Científica empregando a Taxonomia de Hawkins, Larson e Caton (2003). Os docentes/pesquisadores produziram 6469 artigos científicos. Dessa produção observou-se que em algumas subáreas da Ciência da Informação isso se dá de forma especializada, porém, de forma horizontal em outras temáticas. Os resultados conforme aquela taxonomia apontam que a classe 6 - Produção editorial e distribuição - obteve o maior percentual, com 22,4% (83 termos), acompanhada da classe 1 - Pesquisa em ciência da informação -: 18,9% (70 termos) e da classe 7 - Tecnologias da informação -, com 16,2% (60 termos). Os resultados apontam para uma concentração temática nessas áreas em termos de produção científica, por apresentarem juntas mais da metade, respectivamente 58,1% (213 termos). A análise das palavras-chave dos artigos gerou 10826 termos. A análise quantitativa indicou o crescimento da Ciência da Informação no Brasil nos últimos anos. Verificou-se que alguns Programas possuem um número expressivo de pesquisas publicadas e baixo alcance de periódicos científicos. Constatou-se também que há docentes/pesquisadores que possuem uma grande variedade de formações e titulações em diferentes áreas do conhecimento. Essa característica pode acarretar pelo menos dois efeitos: um para a formação e outro para a pesquisa em Ciência da Informação. Por outro lado, contatou-se um elevado número de docentes/pesquisadores sem formação em Ciência da Informação. Observou-se que a produção científica de docentes de alguns PPG em Ciência da Informação não está situada nas áreas consideradas “núcleo duro” da Ciência da Informação. |