Dis/Placement: Refugee Narratives and Hospitality in Twenty-First-Century Literary Prose in English
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FALE - FACULDADE DE LETRAS Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/48394 https://orcid.org/0000-0003-2124-9828 |
Resumo: | Este trabalho de doutoramento mapeia as posições e efeitos de histórias de refugiados em quatro obras: o romance What We All Long for, de Dionne Brand (2005), o conto “The Embassy of Cambodia,” de Zadie Smith (2013), o romance Exit West, de Mohsin Hamid (2017), e o romance The Boat People, de Sharon Bala (2018). Abordo esse corpus literário através de quatro questionamentos principais: (a) que lugar ocupa a narrativa ou voz narrativa do refugiado em relação a histórias e perspectivas de não refugiados em uma mesma obra? (b) que efeitos, se é que há algum, a história do refugiado provoca em outras narrativas e no texto literário como um todo? (c) como esses efeitos são construídos textualmente? (d) o que as histórias de refugiados e a estrutura textual analisada podem revelar sobre o tratamento da noção de hospitalidade nessas obras literárias? Primeiramente, traço uma genealogia dos significados discursivos de refugiado no que diz respeito à Convenção relativa ao estatuto dos refugiados das Nações Unidas (1951) e ofereço uma revisão da noção de hospitalidade em sua relação com uma filosofia da linguagem. Em seguida, proponho que as histórias de refugiados em What We All Long for, “The Embassy of Cambodia,” Exit West e The Boat People parecem ocupar uma posição paralela e marginal de onde subvertem a autoridade da narrativa, supostamente central, que inicialmente as hospeda. Essa ruptura é textualmente alcançada por meio de estratégias narrativas que ocasionam uma suspensão da linguagem, como interrupção, fragmentação, repetição e omissão. Também afirmo que o lugar e o papel das histórias de refugiados no corpus selecionado envolvem um sentido de hospitalidade que se aproxima da visão de Jacques Derrida de um acolhimento hiperbólico e incondicional que pode, na verdade, exigir a suspensão da linguagem. As leituras que desenvolvo contribuem para a formulação de uma tese conclusiva, embora não definitiva, sobre o impacto das narrativas de refugiados nos conceitos e discursos naturalizados de nação, fronteiras e migração. Esse efeito, embora revelado no corpus selecionado, pode indicar uma tendência mais geral, na literatura contemporânea, a imaginar o refugiado como um complexo paradigma da existência contemporânea sem desconsiderar a materialidade dessa condição. |