Produção social da criança e do adolescente marginalizados
Ano de defesa: | 1993 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AC2QHY |
Resumo: | A problemática das crianças e dos adolescentes marginalizados que freqüentam as ruas e becos nas nossas cidades em busca de sobrevivência tem-se tornado um grande desafio para todos nós. C objetivo deste trabalho foi apontar os elementos responsáveis pela produção social dessa população, considerando tratar-se de um fenômeno social que revela uma sociedade excludente, que produz riquezas em detrimento de uma maioria explorada e espoliada, da qual essas crianças e adolescentes emergem. A análise dessas relações sociais foi calcada na concepção histórico-estrutural da marginalidade, interpretando a estruturação da sociedade industrial a partir do modeloconcentracionista e excludente. Com o objetivo de retratar o quadro atual do Pais em relação às condições socioeconômicas, foram utilizados dados estatísticos da década de 80 e do início da de 90, que revelaram uma desigualdade social acentuada, em termos de distribuição de renda, com sobreposição étnica dos brancos sobre os negros em vários aspectos, como também o aumento do trabalho infantil para complementação da renda familiar, confirmando as hipóteses levantadas pela concepção históricosocial levantada. Foram realizadas entrevistas com essa população, que buscaram a escuta da compreensão que fazem da sua realidade, apresentando-se como reveladoras da necessidade de trabalho infantil e da falta de lazer e escola como determinantes de sua ruptura com o social. G estudo bibliográfico realizado revelou que a compreensão das políticas sociais adotadas pelos dominantes é importante elemento da manutenção da dominação, por adotarem medidas amortecedoras dos conflitos distributivos. A transformação dessa realidade exige eqüidade nadistribuição de renda, nivelamento produtivo indústria/agricultura, promoção da cidadania e o estabelecimento das conexões entre o fenômeno da marginalização e os agentes produtores dessa realidade, atingindo as estruturas produtoras desse quadro desigual. |