Análise da influência do volume vesical na mensuração do colo uterino via transabdominal em relação a via transvaginal no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA Programa de Pós-Graduação em Saúde da Mulher UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/68962 |
Resumo: | Introdução: A avaliação ultrassonográfica do colo uterino permite predizer o risco de parto pré-termo. Um declínio gradual no comprimento cervical é achado normal após 28 a 32 semanas de gestação. Entretanto, uma diminuição desse comprimento no segundo trimestre aumenta o risco de parto pré-termo. O diagnóstico de colo curto é definido por comprimento cervical menor ou igual a 25 milímetros (mm) em gestações de 16 a 24 semanas e a melhor maneira de identificar o encurtamento do colo uterino é a realização de ultrassonografia transvaginal (USTV). As medidas por essa via são mais reprodutíveis e confiáveis do que aquelas obtidas pela ultrassonografia transabdominal (USTA). Entretanto, a USTV é mais incômoda do que a via transabdominal, além de exigir um tempo maior para a realização do exame. Desta forma, em pacientes com colo adequadamente visualizado e com comprimento a partir de um valor que se mostre confiável à USTA, a USTV pode ser evitada, estabelecendo um método prático e confortável para rastreio de colo curto em gestantes. Objetivo: Determinar um volume vesical ideal no qual a medida do colo uterino pela via transabdominal se demonstre comparável à medida realizada pela via transvaginal, em gestantes submetidas a exame ultrassonogáfico obstétrico entre 18 e 24 semanas, na Maternidade Otto Cirne do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC/UFMG)/EBSERH. Metodologia: Trata-se de estudo transversal descritivo comparativo, realizado em gestantes entre 18 e 24 semanas na Maternidade Otto Cirne do Hospital das Clínicas da UFMG no período de janeiro de 2018 a janeiro de 2020. A amostra contém 74 gestantes com a idade gestacional mencionada, sem comorbidades vesicais, placentárias, sem dilatação cervical > 1centímetro (cm) à triagem. Foi utilizado USTA para medida do colo e mensuração de volume vesical, posterior esvaziamento vesical e nova medida do colo por USTV. Foram usados análise da correlação, da curva ROC e árvore de classificação, nos dois últimos casos considerando que o valor de 25 mm de colo uterino medidos pelo ultrassom transvaginal é o ponto de corte para predição de risco aumentado para parto prematuro. Resultados: Os resultados não foram estatisticamente significativos, indicando uma correlação de apenas 0,128 (valor-p=0,278), além de uma baixa área sob a curva ROC (0,33) e nenhuma árvore de classificação pôde ser ajustada. A correlação também foi avaliada para intervalos específicos do volume da bexiga (até 50 ml, entre 50 ml e 100 ml, entre 100 ml e 150 ml, entre 150 ml e 200 ml, entre 200 ml e 250 ml, e mais de 250 ml), e também não foram estatisticamente significativas. Foi também avaliado se o volume vesical influencia na qualidade desta associação, medida pelo desvio absoluto entre as medições ultrassonográficas. Esta avaliação foi feita por meio da análise da correlação e da tentativa de ajuste de uma árvore de regressão. Contudo, tal correlação também não foi significativa, de apenas -0,063 (valor-p = 0,597), assim como a árvore de regressão que também demonstrou não haver associação significativa entre as variáveis. Conclusão: O exame ultrassonográfico transabdominal não deve ser usado em substituição ao exame transvaginal para efeito de predição de risco aumentado de parto prematuro, independentemente do volume vesical. |