Sociodemographic profiles and mortality patterns of foreign-born adults living in São Paulo, Brazil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Hisrael Passarelli Araujo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
FCE - DEPARTAMENTO DE DEMOGRAFIA
Programa de Pós-Graduação em Demografia
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/44775
https://orcid.org/0000-0003-3534-8392
Resumo: Como a maioria dos países está agora em estágios avançados da transição demográfica, a migração internacional tem ganhado crescente importância para explicar a dinâmica populacional. No entanto, a falta de dados de boa qualidade tem limitado o nosso conhecimento sobre as características da população migrante que vive em muitos destes países. Nesse contexto, os fatores socioeconômicos e de saúde associados à migração são temas críticos de pesquisa. Esta dissertação examina primeiramente a diversidade de perfis sociodemográficos entre migrantes internacionais adultos que vivem em São Paulo, Brasil. Também investigamos se e como os padrões de mortalidade desses migrantes diferem daqueles observados entre os brasileiros residentes no mesmo Estado. Baseamo-nos em dados do censo demográfico brasileiro de 2010 e aplicamos o método Grade of Membership (GoM) para definir os perfis sociodemográficos da população migrante. Encontramos quatro perfis de migrantes: migrantes recentes, de médio prazo, de longo prazo e idosos. As diferenças de perfis são marcadas principalmente pela idade, tempo de residência, escolaridade e país de nascimento. As ondas tradicionais de migração (europeus e japoneses) deram lugar a migrantes mais novos, vindos da América do Sul. Em seguida, examinamos os diferenciais de mortalidade entre migrantes e não-migrantes residentes em São Paulo e avaliamos se essas diferenças variam de acordo com a idade e a escolaridade. As estimativas são baseadas em modelos de regressão binomial negativo que combinam registros de óbitos do Sistema Brasileiro de Informações sobre Mortalidade de 2009 a 2011 com dados populacionais do censo demográfico brasileiro de 2010. Encontramos evidências de desvantagens de mortalidade entre migrantes em relação aos brasileiros residentes em São Paulo, mesmo após o controlarmos por idade, sexo e escolaridade. No entanto, esses diferenciais de mortalidade variam de acordo com a idade e escolaridade. A desvantagem da mortalidade migrante é altamente concentrada entre os adultos mais jovens com baixa escolaridade (indivíduos com maior probabilidade de virem de outros países sul-americanos). Nossos achados contrastam com o paradoxo da mortalidade entre migrantes em países desenvolvidos, especialmente nos Estados Unidos.