Birds, landscape connectivity and environmental planning in urban landscapes
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Conservacao e Manejo da Vida Silvestre UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/36369 |
Resumo: | O papel de paisagens urbanas para a preservação da biodiversidade tem sido cada vez mais reconhecido. Diferentes estudos têm demonstrado que quando a infraestrutura verde é adequadamente planejada e manejada, cidades são capazes de abrigar grande diversidade de espécies e preservar serviços ecossistêmicos essenciais para o bem-estar humano. Entretanto, apesar da rápida expansão de paisagens urbanas neotropicais durante as últimas décadas, elas permanecem pouco estudadas. Assim, os objetivos principais dessa tese foram (1) avaliar os efeitos da urbanização sobre as aves em uma metrópole Neotropical e (2) formular estratégias de manejo e políticas públicas que tenham como objetivo a conservação da biodiversidade urbana e o aumento do bem-estar humano. A hipótese geral é que paisagens urbanas localizadas na região Neotropical são má planejadas e manejadas, e que o filtro ambiental urbano apresenta um forte efeito negativo sobre a comunidade de aves. Entretanto, através da identificação dos efeitos da urbanização sobre a biodiversidade, e os aspectos sócio-políticos que moldam o desenvolvimento e crescimento urbanos, é possível definir estratégias de manejo e planejamento que podem reduzir os efeitos negativos da urbanização sobre organismos humanos e não-humanos. Para alcançar esses objetivos, essa tese foi dividida em quatro capítulos. Para os primeiros três capítulos, a região centro-sul de Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil) foi selecionada como área de estudo, e sua infraestrutura verde foi mapeada e descrita. Posteriormente avaliamos os efeitos de impactos antrópicos e da vegetação urbana sobre a comunidade de aves que habita as ruas e modelamos caminhos de menor custo, com o objetivo de formular redes ecológicas urbanas entre fragmentos de habitat. No quarto capítulo, nós descrevemos a participação acadêmica na formulação de políticas públicas para o novo plano diretor participativo de Rio Claro (São Paulo, Brasil), uma cidade Neotropical de médio porte. A infraestrutura verde da região centro-sul de Belo Horizonte é má planejada e manejada, apresentando uma distribuição desigual pela paisagem. Consequentemente, o filtro ambiental urbano possui um forte efeito sobre a comunidade de aves que ocupa as ruas. O processo de urbanização, principalmente a exposição ao ruído, levaram à redução da riqueza de espécies e dos aspectos funcionais da comunidade. Entretanto, práticas apropriadas de manejo, como a manutenção de árvores largas e o incremento de árvores nativas nas ruas, são capazes de reduzir os efeitos negativos da urbanização sobre aves. Com o uso do conhecimento de especialistas e de caminhos de menor custo nós definimos redes ecológicas urbanas para aves e identificamos as porções mais permeáveis da paisagem e conectores importantes para a manutenção da conectividade. O processo de votação do plano diretor participativo de Rio Claro foi adiado duas vezes e sua aprovação é incerta. Isso é um indicativo da forte influência política e econômica que existe sobre decisões relacionadas ao planejamento e manejo de paisagens urbanas brasileiras. O planejamento urbano e da paisagem precisam priorizar o bem-estar humano, a sustentabilidade ambiental e a conservação da biodiversidade. Assim, através da identificação dos impactos negativos causados pela urbanização sobre organismos humanos e não-humanos e os aspectos sócio-políticos que modelam o desenvolvimento e crescimento urbanos, nós seremos capazes de construir cidades mais amigáveis e resilientes, socialmente responsáveis e ambientalmente sustentáveis. |