Spatial patterns of vacant lots and green infrastructure in urban landscapes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Marise Barreiros Horta
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS
Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Conservacao e Manejo da Vida Silvestre
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/34381
http://orcid.org/0000-0002-6829-5832
Resumo: Estudos dos padrões espaciais da infraestrutura verde dos lotes vagos e das áreas vulneráveis das cidades são fundamentais para o embasamento de ações voltadas à sustentabilidade urbana. A presente tese teve como principais objetivos caracterizar a paisagem urbana de Belo Horizonte, localizada no sudeste do Brasil, no que se refere aos aspectos da composição particular dos padrões da cobertura do solo dos lotes vagos; da configuração ou dos arranjos desses lotes e da conectividade funcional em áreas verdes vulneráveis da cidade, fornecida por uma espécie de ave eficaz na dispersão de sementes de plantas tropicais. Para alcançar os objetivos foram utilizadas combinações de dados ecológicos, informações socioeconômicas, mapeamentos, análises estatísticas, análises espaciais e modelagem de processos ecológicos. Os resultados para a composição dos lotes vagos da cidade mostraram uma cobertura do solo diversificada e a predominância de lotes compostos por vegetação herbácea-arbustiva. Além disso, houve uma representatividade expressiva de lotes constituídos por aglomerados de árvores e vegetação nativa, capazes de beneficiar a cidade e sua população, através do fornecimento de funções ecológicas e serviços ecossistêmicos potenciais de regulação e suporte. Com relação à configuração da paisagem foi evidenciado que os padrões dos arranjos dos lotes vagos são definidos principalmente pelas métricas relacionadas à área e distância entre lotes. Essas métricas, por sua vez, responderam principalmente aos fatores socioeconômicos densidade populacional e número de áreas protegidas dentro de perímetro de 1500 metros ao redor do lote. Lotes de diferentes coberturas de solo encontraram-se mais próximos entre si e conectados a áreas protegidas, o que reforça a conectividade estrutural, que pode beneficiar elementos da fauna e flora urbanas. Além disso, lotes de alta qualidade de vegetação tenderam a uma distribuição em distâncias mais próximas, mas em bairros com baixo número de áreas protegidas, o que pode enfatizar a importância desses lotes em termos de expansão de áreas verdes preservadas da cidade. Em relação às rotas de menor custo ou com maior probabilidade de serem utilizadas pela ave tucanuçu (Ramphastos toco) para movimentação e dispersão na região norte de Belo Horizonte, os resultados demonstraram uma baixa conectividade integral na região estudada; ocorrência de poucas manchas florestais relevantes para a conectividade; e áreas de importância para a conectividade funcional sob ameaça de desmatamento e desaparecimento. Em termos gerais, o que foi evidenciado é que as informações geradas no estudo podem contribuir ao planejamento urbano com bases sustentáveis. A ocorrência temporária de lotes vagos com seus tipos variados de cobertura vegetal e do solo, assim como sua configuração particular, impacta positivamente a qualidade ambiental da cidade. Por outro lado, a regulação do uso do solo não tem contido o uso excessivo e a exposição de lotes usados à total impermeabilização, contrariando a legislação, que prevê proporções de permeabilidade de 10% a 20%. Nota-se também a necessidade de reavaliação do planejamento para áreas verdes vulneráveis da região norte, com inserção de aspectos da conservação da conectividade ecológica e consequentemente da biodiversidade.