Terapia anticoagulante precoce após implante de prótese valvar mecânica: revisão sistemática e meta-análise
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A6TNM5 |
Resumo: | Fundamento: a abordagem da anticoagulação no pós-operatório precoce da cirurgia cardiaca valvar com prótese mecânica permanece controversa. a maioria das diretrizes descreve sobre a anticoagulação no longo prazo, ao passo que as evidências são escassar sobre as estratégias de terapia de ponte com anticoagulante parenteral até que o RNI atinja sua faixa terapêutica. Objetivo: realizar revisão sistemática e meta-análise de estudos com e sem anticoagulação parenteral como terapia de ponte no pós-operatório precoce após implante de valva cardíaca mecânica. Métodos: cinco bases de dados da literatura foram pesquisadas para avaliar a segurança (taxa de sangramento) e eficácia (taxa de eventos tromboembólicos) da Anticoagulação oral (ACO) sem ou com ponte com Heparina não-Fracionada (HNF) ou Heparina de Baixo peso molecular (HBPM). Mortalidade como desfecho também foi avaliada. o software Comprehensive Meta Analysis foi utilizado para combinar os resultados dos estudos e grupos de estudos pelo modelo de efeitosmistos ( modelo de efeitos aleatórios entre os estudos de cada grupo e modelo de efeitos fixos para comparação entre os grupos). Heterogeneidade e viés de publicação foram avaliados através do I2 e teste de Egger, respectivamente. Quando o teste de Egger foi positivo, o método Trim e Fill foi utilizado para avaliar o impacto teórico do viés de publicação. Resultados: Vinte e três estudos com 9534 pacientes foram incluídos. A taxa de sangramento foi de 1,8% (IC 95% 1,0-3,3) no grupo que recebeu ACO, 2,2% (IC 95% 0,9-5,3) no grupo ACO+HNF e 5,5% (95% IC 2,9-10,4) no grupo ACO +HBPM ( p=0,42). A taxa de eventos tromboembólicos foi de 2,1% (IC 95% 1,5-2,9) no grupo que recebeu ACO versus 1,1% (IC 95% 0,7-1,8) ao combinar os grupos de terapia de ponte ACO + HNF e ACO+HBPM(p=0,035). A mortalidade não foi diferente entre os grupos. a maioria das análises tinha heterogeneidade moderada e teste negativo para viés de publicação. Conclusão: a terapia de ponte após a cirurgia cardíaca valvar com prótese mecânica provavelmente reduz a taxa de eventos tromboembólicos, embora a diferença seja pequena e com intervalos de confiança sobrepostos. a terapia de ponte com HNF parece ser segura neste contexto( mas com risco de viés), enquanto a HBPM esteve associada com altas taxas de sangramento nos estudos avaliados. Mais estudos são necessários para determinar a relevância clínica da terapia ponte e a segurança da HBPM neste contexto. |