Fatores associados ao desenvolvimento de transtornos pelo uso de maconha
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil Programa de Pós-Graduação em Medicina Molecular UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/38214 |
Resumo: | Introdução: a maconha é a substância ilícita mais usada no mundo. As taxas de uso dessa substância e transtorno por uso de maconha (TUC) aumentaram na última década, paralelamente à recente aceitação por parte da população do uso da substância. Objetivo: realizar revisão bibliográfica sistemática sobre os fatores de risco para a experimentação de maconha (EM) e o TUC. Avaliar a prevalência e os fatores associados ao TUC em uma amostra representativa da população de Belo Horizonte. Resultados: em nossa revisão foram encontrados 14 estudos publicados entre 2010 e 2018 que avaliaram os fatores associados à EM e 17 artigos que avaliaram os fatores associados ao TUC. Sexo masculino, renda alta, idade jovem, desvio de conduta, busca de sensações, desempenho escolar abaixo da média, depressão, pais com transtorno por uso de substâncias (TUS), uso de drogas por pares, baixo controle por parte dos pais e fatores relacionados ao uso de outras substâncias são fatores de risco para EM. Fatores como religiosidade, bom relacionamento familiar e viver em um ambiente que valoriza importância da escola são fatores de proteção contra EM. Fatores como sexo masculino, idade jovem, trauma infantil, crise financeira, busca de sensações, desvio de comportamento, transtornos de humor, transtornos ansiosos, TDAH, pais com TUS, fatores relacionados ao uso de substâncias e uso precoce de maconha constituem risco para TUC. Religiosidade é um dos pontos de proteção para TUC. No presente estudo epidemiológico, foram avaliados 7.643 indivíduos. Apurou-se que 11,9% da população estudada experimentaram maconha e 22,9% destes desenvolveram TUC. Indivíduos do sexo masculino, solteiros, sem prática religiosa, que fizeram uso precoce de maconha e com transtorno pelo uso de outras substâncias apresentaram chance significativamente aumentada de desenvolver TUC. Conclusão: os fatores de risco para TUC avaliados na população de Belo Horizonte são semelhantes aos encontrados na literatura. |