O Arco Magmático Brasiliano na conexão dos Orógenos Araçuaí e Ribeira, região de Muriaé-MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Celia Martins de Souza Figueiredo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/MPBB-7ULNPK
Resumo: O Batólito de Muriaé foi inicialmente correlacionado ao Complexo Quirino, o qual representa o embasamento de idade pa!eopraterozóica da Klippe Parafba do Sul, alojado no Terreno Ocidental do Orógeno Ribeira. Entretanto, análises geocronológicas de idade brasiliana conjuntamente com dados petrográficos e de campo sugerem que o batólito está relacionado a edificação de um arco magmático brasiliano. Portanto, o objetivo deste estudo é a caracterização geocronológica e geoquímica dos diferentes litotipos que compõem o batólito com a finalidade de propor um contexto tectônico favorável para a região. O Batólito de Muriaé consiste de ortognaisses de composição gabróica a granítica, submetidos à intensa deformação. Devido a grande variabilidade composicional, textural e deformacional, o batólito pode ser subdividido em três unidades litológicas distintas: gnaisse migmatítico, gnaisse porfirítico e gnaisse leucocrático. Os dados de campo e petrográficos revelam que o gnaisse porfirítico e o gnaisse leucocrático não foram afetados pela intensa anatexia que ocorre no gnaisse migmatítico. As análises geocronológicas realizadas no gnaisse migmatítico apontam para idades de cristalização magmática em torno de 620 e 592 Ma, sendo esta idade mais nova relacionada ao evento de anatexia. A idade obtida para o gnisse porfirítico, em 593±4 Ma, sugere que esta mtrusao deu-se tardiamente ou imediatamente após o evento de anatexia. As análises geoquímicas indicm a presença de pelo menos duas suítes magmáticas distintas no gnaisse migmatítico, precursor do batólito. Ambas são derivadas de magmatismo cálcio-alcalino de arco em margem continental, mas possuem características diferentes: Uma suíte de alto-K a shoshonítica, fortemente metaluminosa e, outra suíte de médio a alto-K, pobremente metaluminosa. Os gnaisses porfirítico e leucocrático são caracterizados por suítes de alto-K a shoshonítica de caráter fracamente metaluminoso a peraluminoso, relacionados a arco magmático maduro. As informações obtidas nesta dissertação são pertinentes para confirmar a hipótese de que o Batólito de Muriaé represente a continuação meridional do Arco Magmático do Orógeno Araçuaí. Desta maneira, a região aqui abordada não pode ser correlacionada a compartimentação tectônica proposta para o Orógeno Ribeira em sua porção setentrional.