Estudo prospectivo e randomizado na comparação da eficácia de instrumentos didáticos de ensino na compreensão aos cuidados de saúde e adesão à terapia imunossupressora após o transplante hepático
Ano de defesa: | 2020 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Cirurgia e à Oftalmologia UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/49016 |
Resumo: | O transplante de fígado ocasiona a necessidade do uso obrigatório e permanente do medicamento imunossupressor, com o intuito de preservar a funcionalidade e a sobrevida do enxerto e, consequentemente, a vida do paciente transplantado. Este estudo avaliou a adesão ao regime imunossupressor e o nível de compreensão às recomendações para saúde, comparando dois diferentes instrumentos de ensino no momento da alta hospitalar de pacientes submetidos a transplante hepático. Foi realizado ensaio clínico randomizado e prospectivo em dois centros transplantadores de fígado em Belo Horizonte, Minas Gerais. O total de 68 pacientes transplantados foi dividido em dois grupos com 34 pacientes cada: Grupo Controle (GC) e Grupo Intervenção (GI) que receberam ensino para saúde, por meio da ação educacional que empregou, respectivamente, recursos áudio e visual (GC) e recursos áudio, visual e tátil (GI). Foi constatada, nas características sociodemográficas e clínicas dos participantes, a predominância de homens, equivalente 46 (67,6%), e de 51 pessoas (75,0%) com diagnóstico de doença hepática parenquimatosa e/ou neoplásica. O nível de compreensão sobre as recomendações para saúde foi classificado como razoável em 77,9% dos pacientes, sendo 73,5% no GC e 82,3% no GI (p=0,399). No questionamento dos temas abordados, houve mais de 80,0% de acertos nos temas sobre alimentação, hidratação frequente, uso e função do imunossupressor. Entretanto, houve menos de 10,0% de acertos sobre higienização das mãos, contato com animais e aglomerações de pessoas. A utilização dos recursos áudio, visual e tátil ocasionou melhora na compreensão sobre o cuidado com a pele (p = 0,014).O estudo revelou que o sexo feminino foi menos aderente (p = 0,034) e os pacientes com diagnóstico de doença hepática parenquimatosa e neoplasia foram mais aderentes (p = 0,003).A avaliação da aderência ao tratamento pela escala BAASIS mostrou que 56 participantes (82,3%) foram aderentes ao regime medicamentoso. O GI apresentou 29 (85,3%) dos participantes aderentes, enquanto que no GC foram 27 (79,4%) (p = 0,525). A ação educativa implementada auxiliou no empoderamento do autocuidado em domicilio, e essa ação entrelaçou a compreensão e a satisfação desses pacientes, resultando na adesão ao regime terapêutico. Concluiu-se que o instrumento de ensino que associou os recursos áudio, visual e tátil na ação educativa favoreceu a melhoria da compreensão sobre as recomendações para saúde e a adesão ao regime medicamentoso de imunossupressão dos pacientes transplantados após alta hospitalar. |