Associação entre Intenções de Fecundidade e Equidade de Gênero na Família em Países Desenvolvidos e no Brasil
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICAS Programa de Pós-Graduação em Demografia UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/54658 https://orcid.org/0000-0003-4852-6194 |
Resumo: | Tendo como ponto de partida o arcabouço teórico que discute uma possível associação positiva entre fecundidade e equidade de gênero na família, este estudo propõe uma investigação (no nível micro) da relação entre intenções de fecundidade e equidade de gênero na família e busca uma possível (in)existência de padrões nas associações. Em uma de suas investigações, procura fazer uma comparação internacional entre diferentes países com baixos níveis de fecundidade e níveis mais elevados de desenvolvimento e renda. Também visa investigar essa associação no Brasil, país de nível similar de fecundidade e nível de desenvolvimento inferior. Utiliza o Generations and Gender Survey (GGS) e o Modelo Binário Logístico para analisar e comparar os países de maior nível de desenvolvimento. Para analisar o contexto brasileiro, na ausência de uma única base de dados que contemple as variáveis dependente e explicativa, este estudo utiliza dois diferentes conjuntos de dados (Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde – PNDS; e, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – PNAD), uma estratégia de imputação de variável através de técnicas de Machine Learning, e, por fim, Modelos de Regressão Binomial Negativa e Linear. Para os países de maior nível de desenvolvimento e renda, os resultados sugerem que maior divisão nos afazeres domésticos (housework) está associada a maior probabilidade de ter a intenção de ter o segundo filho. Por outro lado, níveis mais baixos de equidade de gênero no cuidado dos filhos (childcare) aumentam as intenções de fecundidade. Portanto, parece haver uma priorização do cuidado dos filhos sobre os trabalhos domésticos, e se maior equidade for obtida nas atividades mais recorrentemente avaliadas como negativas (trabalhos domésticos), menor equidade no cuidado dos filhos e, portanto, mais tempo alocado nessas atividades mais frequentemente avaliadas como prazerosas e gratificantes aumenta a percepção de equidade, o que acaba por aumentar as intenções de fecundidade. Os resultados da análise do Brasil mostram que menor equidade de gênero na família aumenta as intenções de fecundidade. Mulheres que realizam todo ou quase todo o trabalho doméstico (afazeres + cuidados) podem ser mais orientadas à esfera do domicílio, o que, consequentemente pode aumentar as intenções pelo segundo filho. Uma outra possível explicação para estes resultados passa pelo Brasil não se encontrar no mesmo estágio da curva que explica a relação entre fecundidade e equidade de gênero se comparado aos países mais desenvolvidos. |