O materialismo radical de Holbach e a química moderna

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Robson Jorge de Araujo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/EQMA-6UFJGG
Resumo: O problema que proponho discutir nesta dissertação é a contribuição do materialismo do século XVIII para o surgimento da química moderna. Meu objetivo é apresentar uma reflexão histórico-epistemológica, demonstrando o quanto impregnada está a obra científica de Lavoisier desse materialismo. Creio que esta apresentação mostrará vínculos entre filosofia e química que os historiadores das ciências tradicionaisgeralmente não mencionam em suas obras. Para fundamentar o trabalho, utilizarei a obra principal de Holbach, Système de lanature, apontando elementos do seu pensamento que aparecem no método de trabalho do químico francês. Embora os estudiosos não tenham encontrado, na Biblioteca de Lavoisier, nenhuma obra de Holbach e, apesar de os dois nomes nunca aparecerem explicitamente ligados por algum motivo, pretendo demonstrar que a obra lavoisiana e o materialismo holbachiano relacionam-se dinamicamente, sem que uma dependa da outra. Apesar desta impossibilidade de costurar estritamente os trabalhos de Holbach e de Lavoisier com elementos históricos, isso não nos impede de relacionar os aspectosepistemológicos de ambos. Dessa forma, creio que a história da ciência é que ganha com este trabalho de aproximação entre a filosofia e a química, entre Holbach e Lavoisier. A escolha da estilisticamente discutível primeira pessoa do singular, eu, empregada comfreqüência, pretende caracterizar apenas a opção por uma abordagem que não é uma análise das concepções predominantes, além de significar as minhas próprias reflexões.