Deficiência auditiva e seus fatores de risco em neonatos e lactentes: estudo em hospital público de Belo Horizonte
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - Saúde da Criança e do Adolescente UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/52567 |
Resumo: | A triagem auditiva neonatal tem se configurado como importante instrumento na detecção precoce das alterações auditivas em crianças; visa à intervenção precoce para evitar a instalação de distúrbios de linguagem e aprendizagem. A deficiência auditiva é uma alteração muito prevalente no período neonatal e precisa ser tratada como um problema de Saúde Pública. A caracterização dos fatores de risco associados a problemas auditivos é importante, pois fornece informações para familiares e profissionais envolvidos, além de ser útil para a definição de estratégias mais específicas e efetivas na identificação e controle de perdas auditivas em crianças. Foram avaliados os dados de 798 crianças nascidas no Hospital Municipal Odilon Behrens (HMOB) e submetidas à triagem auditiva neonatal no período entre junho de 2002 e dezembro de 2003, as quais foram acompanhadas desde o nascimento até o desfecho do diagnóstico de sua condição auditiva. O primeiro artigo investiga a prevalência de deficiência auditiva e seus fatores de risco em crianças nascidas no HMOB, buscando correlacioná-los através de uma análise multivariada. A prevalência de deficiência auditiva foi de 3,6% (29 casos). A análise multivariada revelou associação significativa entre perda auditiva e os seguintes fatores: otites de repetição, suspeita de surdez por parte dos familiares, medicação ototóxica, síndromes, meningite, prematuridade e ventilação mecânica prolongada. Confirma-se uma prevalência significativa de déficit auditivo em neonatos e lactentes, e portanto deve ser dada atenção aos fatores de risco que aumentam as chances de ocorrência do problema. O segundo artigo enfoca a descrição das condições de saúde das crianças portadoras de perda auditiva detectadas no Programa de Triagem Auditiva Neonatal Universal do HMOB, a caracterização das crianças com perda auditiva quanto ao tipo de perda e fatores de risco, a determinação da prevalência de perda auditiva para cada fator de risco e a descrição do intervalo entre a suspeita e a confirmação da alteração auditiva. Dos 29 casos alterados, 4 apresentaram perda auditiva neurossensorial, 14 alteração condutiva e 11, alteração do processamento auditivo central. Todas as 4 crianças com perda auditiva neurossensorial eram prematuras e apresentavam peso ao nascimento < 1500g. Os fatores de risco com maior prevalência de perda auditiva foram: suspeita de surdez por parte dos familiares (57,1%), hiperbilirrubinemia com níveis para exsangüíneo transfusão (50,0%), meningite (42,9%) e síndromes (37,5%). Observa-se que a presença de múltiplos fatores de risco aumenta as chances de ocorrência do problema. O intervalo médio entre suspeita e confirmação da perda auditiva foi de 4,2 meses..Verifica-se a importância de programas de saúde auditiva que contemplem prevenção, diagnóstico precoce e intervenção. |