Da reforma universitária ao mestrado: o protagonismo da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais na profissionalização da Enfermagem Mineira

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Fernanda Alves dos Santos Carregal
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais; Brasil; ENFERMAGEM - ESCOLA DE ENFERMAGEM; Programa de Pós-Graduação em Enfermagem; UFMG
• Palavras-chave em Português: Educação de Pós-Graduação em Enfermagem; História da Enfermagem; Enfermagem; Capacitação Profissional; Ensino
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/38869

Contextualização do tema: a presente pesquisa tem como objeto de estudo a incorporação dos critérios estabelecidos pela Reforma Universitária (RU) de 1968: ensino, pesquisa, extensão e pós-graduação da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (EEUFMG). O recorte temporal inicia-se em 1968, com a Lei 5540/1968, conhecida como RU e da consequente conquista da EEUFMG ao status de unidade autônoma integrada à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e encerra-se em 1994 com a criação do primeiro curso de mestrado ofertado nesse Programa de Pós-Graduação. Questões norteadoras: como a escola se preparou para cumprir os critérios estabelecidos pela RU para ensino, pesquisa, extensão e pós-graduação? Como foi possível criar e estruturar o Programa de Pós-Graduação na EEUFMG? Como a EEUFMG contribuiu com o desenvolvimento da profissão de enfermagem durante o percurso da institucionalização da Pós-graduação? Justificativa: não há estudos que retratem a historicidade da Pós-Graduação em Enfermagem da UFMG no recorte temporal de 1968 a 1994. Trata-se de uma lacuna histórica tanto da instituição quanto da enfermagem mineira que necessita ser desvelada e escrita, uma vez que estudos sobre a história da enfermagem contribuem com a preservação da memória coletiva e o reconhecimento da identidade profissional. Objetivo: analisar o processo histórico da incorporação dos padrões universitários até a criação do Programa de Pós-graduação da EEUFMG. Percurso metodológico: trata-se de um estudo socio histórico, de natureza qualitativa, no qual foi adotada a pesquisa documental. Os dados foram tratados e analisados por meio da técnica de Análise de Conteúdo Temática, recorreu-se às contribuições teóricas da Sociologia das Profissões de Eliot Freidson. Os aspectos éticos estão em conformidade com a Resolução nº 466/2012. Resultados e discussão: Os documentos foram comparados e agrupados por similaridade de conteúdo, sob a forma de três categorias empíricas, para análise, a saber: i) “Escola de Enfermagem da UFMG: aproximações com o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”; ii) “Contribuições da Escola de Enfermagem da UFMG para a capacitação profissional da enfermagem mineira” e, iii) “Rupturas e continuidades no processo de criação do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da EEUFMG”. A criação da pós-graduação na EEUFMG em 1994 e a oferta de ensino, pesquisa e extensão exigiram o amadurecimento institucional e a reestruturação universitária da Escola. O processo de criação da pós-graduação ocorreu gradativamente por conta de influências externas, exigências legais, desejos e lutas da comunidade acadêmica da EEUFMG. No decorrer da sua trajetória histórica, a EEUFMG manteve-se como referência estadual no âmbito da formação em enfermagem, contribuindo com a profissionalização. Considerações finais: A Escola contribuiu com a reconfiguração da enfermagem mineira, proporcionando as condições necessárias à formação de pesquisadores e produção do conhecimento próprio de enfermagem. A EEUFMG assumiu o protagonismo no estado com a conquista da criação do primeiro curso de mestrado em Enfermagem, reforçando a sua atuação como polo de desenvolvimento da Enfermagem mineira. Além de atingir o padrão universitário proposto pela RU de 1968, tornou-se referência na qualificação do corpo docente, viabilizando a multiplicação de profissionais titulados nas escolas mineiras.