A heterogeneidade dos fluxos globais : o papel da revista Acendedor para a difusão da Seicho-No-Ie no Brasil (1965-85)
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FAF - DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA Programa de Pós-Graduação em Sociologia UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/54431 |
Resumo: | Desde a sua fundação no Japão – em 1930 através da figura de Masaharu Taniguchi –, a Seicho-No-Ie é caracterizada pela sua vasta produção doutrinária – principalmente livros e revistas. Este cenário possui uma relação histórica com o próprio contexto de surgimento das Novas Religiões japonesas, uma vez que, no final do século XIX, elas se desenvolveram com maior notoriedade, tendo em vista o surgimento da imprensa no país. Aliado a este fator, cabe destacar que as próprias publicações destas Novas Religiões também carregam os traços sincréticos da história de formação do ambiente religioso japonês – deste o contado entre Xintoísmo, Budismo e Catolicismo, antes do século XIX, até o processo de maior abertura e de tensões com o Ocidente, a partir do final do século XIX. Após o término da Segunda Guerra Mundial, a Seicho-No-Ie, utilizando como meio principal suas publicações, iniciou seu processo de expansão e adaptação para outras localidades do mundo. É neste cenário que o Brasil se tornou um destino atrativo – tendo em vista o processo de imigração dos japoneses para o nosso país, a partir do início do século XX. Levando em consideração este processo, o objetivo principal desta tese foi analisar a produção da Revista Acendedor – primeiro e único periódico da Seicho-No-Ie desenvolvido no Brasil, antes de 1985. Como recorte, e entendendo a necessidade de uma visão abrangente – optou-se pela análise de todo o período de vigência da revista (1965-85). Partindo da abordagem histórica das religiões de Eduardo Basto de Albuquerque e da Análise de Discurso de Eni Orlandi, foi possível compreender o papel crucial da Revista Acendedor para o processo de abertura da Seicho-No-Ie entre a população brasileira como um todo. Observando os caminhos de formação do cenário religioso japonês e brasileiro, foi possível identificar como a revista conseguiu trazer em seus conteúdos elementos que ultrapassam o arcabouço material do periódico. Entre 1965-85 a Revista Acendedor agiu como principal mecanismo de difusão da Seicho-No-Ie no Brasil – dialogando com diferentes esferas socioculturais do país, bem como do Japão – fato este também relacionado com a globalização. |