O Supergrupo Espinhaço na região entre Serranópolis de Minas e Mato Verde (MG): estratigrafia e implicações para o entendimento dos depósitos aluvionares locais de diamante

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Valdinei Alves Egger
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/MPBB-7K7GF3
Resumo: A geologia da Serra do Espinhaço na região entre Serranópolis de Minas e Mato Verde foi levantada em semidetalhes visando principalmente o estudo de sua estratigrafia e depósitos diamantíferos. O Supergrupo Espinhaço, do paleo a mesoproterozóico, é a unidade que compõe a maior parte da serra, capeando os granitos, migmatitos e gnaisses do Complexo Porteirinha. O Supergrupo Espinhaço na região foi dividido em cinco unidades de mapeamento: i) Unidade Mato Verde, representada por rochas vulcânicas e piroclásticas ácidas; ii) Unidade Trabalho, com quartzitos finos e níveis ferruginosos com estratificações plano-paralelo, cujo ambiente está relacionado a um mar raso; iii) Unidade Gerais de Santana, onde os quartzitos com estratificações cruzadas acanaladas se intercalam com metaconglomerados e filitos; rochas de provável ambinte fluvial distal; iv) Unidade Resplandecente, caracterizada pelos quartzitos maciços e friáveis, dependendo da quantidade de mica, relacioandos a um ambinte t eólico costeiro e, no topo, v) Unidade Serra Nova, com estratificação cruzadas de médio e grande portes, provenientes de ambiente um eólico desértico. Recobrindo oSupergrupo Espinhaço, aparecem metassedimentos pelíticos, atribuídos ao Grupo Macaúbas. Seis localidades onde ocorrem diamantes associados a depósitos aluvionares estão sobre, ou nas proximidades onde a Unidade Gerais de Santana está a montante. Como esta última contem abundantes lentes metaconglomeráticas, revela-se assim uma aparente associação de relacionamento de tais rochas com os sítios diamantíferos. Deste modo, futuros estudos sobre a fonte do diamante na região devem priorizar essa unidade. Os dados geocronológicos sobre zircão ora obtidos pelo método Pb-Pb apontam a ocorrência de três eventos termotectônicos distintos, que são relacionados às deformações pré-Espinhaço (2.8 Ga), Espinhaço (1.7 Ga) e pós-Espinhaço (0.6 Ga), os quais possivelmente resultam de três fases de deformação (D1, D2 e D3).