Viabilidade agronômica do uso do rejeito de garimpos no Distrito Pegmatítico de Araçuaí, MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Marcus Manoel Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/MPBB-7HVGWX
Resumo: Esta tese aborda parte do Distrito Pegmatítico de Araçuaí, Médio Jequitinhonha, tendo como foco o Campo Pegamatítico de Coronel Murta onde a exploração de pegmatitos tem objetivado, há muitas décadas, a extração de gemas e feldspato industrial. A maioria das gemas tem elevado valor no mercado, mas em termos de quantidade, elas representam somente uma proporção muito pequena dos depósitos pegmatíticos. O maior volume do material pegmatítico, rico em minerais industriais, é desperdiçado. Grandes quantidades do rejeito de pegmatitos criam degradação ambiental, especialmente nas drenagens. A principal questão que alicerça o objetivo dessa tese é a viabilidade da utilização dos rejeitos pegmatíticos como fonte de fertilizantes para as plantas, tendo em vista contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos pequenos agricultores da região do Médio Jequitinhonha. Por outro lado, o uso do rejeito também diminuiria o impacto ambiental. As amostras foram coletadas em três diferentes garimpos (Água Santa, Morro Redondo e Pau Alto I), localizados no município de Coronel Murta. Os estudos dos rejeitos envolveram análises físicas, químicas e mineralógicas. Para validação agronômica do uso dos rejeitos realizaram-se experimentos de campo (Araçuaí) e em casa de vegetação (Belo Horizonte). Análises de difração de Raios-X mostram que feldspato potássico, caulinita, quartzo e albita são predominantes e estão presentes em quase todas as amostras; ilita, goethita, hematita, esmectita e muscovita ocorrem em menores proporções; clorita e ilmenita aparecem somente como vestígios. Quanto aos experimentos de campo e em casa de vegetação, os resultados das várias análises realizadas não mostraram diferenças significativas para os rejeitos testados. Embora a avaliação visual das plantas em casa de vegetação sugerisse perspectiva positiva, os resultados quantitativos indicam que os rejeitos testados, nas condições dos experimentos, são irrelevantes como fertilizantes de plantas. Contudo, sugere-se a continuidade de pesquisas desta natureza, tanto com o rejeito de pegmatito como de outras rochas (e.g., ardósia, pedra-sabão).