Obesidade e polimorfismos dos genes MC4R, NRXN3 E LYPLAL1, associados aos desfechos clínicos de pacientes com COVID-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lorena Medeiros Batista
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
ENF - DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO
Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Saúde
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/45118
Resumo: INTRODUÇÃO: A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 resultou em altas taxas de transmissão e mortalidade, provocando a pandemia do século XXI, a qual perdura até os dias atuais. A presença de doenças crônicas, como a obesidade, têm sido apontada como fator de risco para o desenvolvimento da forma grave da doença, que inclui complicações metabólicas relacionadas à inflamação e disfunções orgânicas. Polimorfismos nos genes MC4R, NRXN3 e LYPLAL1 têm sido associados à obesidade, porém ainda não foram investigados no contexto da COVID-19. OBJETIVO: Avaliar a associação da obesidade e de padrões de polimorfismos genéticos em genes alvos com os desfechos clínicos da COVID-19. MÉTODOS: Estudo transversal retrospectivo tipo caso-controle. Pacientes diagnosticados com COVID-19 foram recrutados do Hospital Eduardo de Menezes de Belo Horizonte, MG, no período de agosto de 2020 a outubro de 2021. Dados clínicos foram coletados dos prontuários e os pacientes foram agrupados em três grupos de manejo clínico (GMC 1, 2 ou 3) de acordo com a gravidade da doença, sendo G1, para pacientes apresentando doença severa, com alta hospitalar em até 72h da admissão, G2, pacientes com doença severa e alta hospitalar após 72h de admissão e G3, pacientes com doença crítica internados em UTI e/ou óbito. Para caracterização da obesidade, os voluntários foram classificados em 3 grupos de acordo com o IMC, sendo eles, sobrepeso IMC > 25-29,9kg/m2, obesos IMC > 30kg/m2 e grupo controle IMC > 18,5-24,9kg/m2. Amostras de DNA extraídas do sangue periférico dos pacientes foram utilizadas para análise de polimorfismos nos genes alvos: MC4R (rs17782313), NRXN3 (rs10146997) e LYPLAL1 (rs4846567), através da técnica de discriminação alélica. RESULTADOS: A amostra foi composta por 108 sujeitos, dos quais 93% apresentaram alguma comorbidade, sendo o excesso de peso presente em 67% dos pacientes. Foi observado que 78 % dos pacientes obesos classificaram-se no grupo GMC 3, além de representarem o grupo com maior tempo de internação hospitalar, p<0,05. Dos pacientes que foram a óbito, a maioria possuía alguma comorbidade, sendo a obesidade e o sobrepeso presentes em 59% e 4,9% dos pacientes, respectivamente, p<0,05. Não foi observada associação entre os polimorfismos estudados com o pior desfecho clínico da doença. CONCLUSÃO: Detectamos associação entre obesidade e sobrepeso aos piores desfechos clínicos da COVID-19 na amostra estudada. Entre as variantes genéticas estudadas não foram encontradas associações com o pior prognóstico da COVID-19.