Na casa de meu pai há muitas moradas : a presença evangélica no movimento sem teto de Belo Horizonte
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FAF - DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA Programa de Pós-Graduação em Sociologia UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/45731 https://orcid.org/ 0000-0002-3688-8713 |
Resumo: | Historicamente a presença da Igreja Católica, especialmente da Teologia da Libertação, foi um elemento marcante na composição das lutas dos movimentos sociais no contexto brasileiro. Sob o signo da crescente presença evangélica nos movimentos sociais, o objetivo da pesquisa é investigar como a mudança de filiação religiosa e a atuação de grupos evangélicos progressistas impactam os movimentos sociais urbanos, nesse caso, os movimentos vinculados com as ocupações sem teto. O primeiro eixo desse trabalho é o de compreender como a relação entre um segmento religioso e um movimento social é capaz de reconfigurar os discursos, signos e símbolos desses atores religiosos que participam de ações coletivas do movimento sem teto em Belo Horizonte. A partir dos conceitos sobre interação simbólica de Herbert Blumer em movimentos sociais e de Pierre Bourdieu sobre o poder simbólico no campo religioso, a pesquisa buscou compreender a atuação da Rede Fale, um movimento de evangélicos progressistas em torno da Ocupação Rosa Leão. Para interpretar como os evangélicos sem teto envolvidos com o movimento social atuam na luta pelo direito à moradia nessa comunidade, buscou-se o aporte da Análise de Discurso de Ernesto Laclau e do amplo debate que este autor faz sobre hegemonia. A inter-relação entre igrejas evangélicas da periferia e um movimento social que luta pelo direito à moradia forma sujeitos híbridos, implicando em considerar a multiplicidade de atores e atrizes que constituem suas ações coletivas. O objetivo desse trabalho passa em também compreender como se constitui a identidade desse sujeito que é ao mesmo tempo evangélico e militante de um movimento de moradia. Em primeiro lugar, embora os evangélicos progressistas politizam a religião como as organizações católicas inspiradas pela Teologia da Libertação, contudo, a produção simbólica ainda é limitada e pouco efetiva para o contexto da periferia e do movimento sem teto. Outro resultado é geralmente os evangélicos sem teto são de igrejas pentecostais autônomas que adaptam a Teologia da Prosperidade e da Batalha Espiritual, usando-as em benefício do seu envolvimento nas causas do movimento social. |