Reflexões sobre a relação oral/escrito na escrita inventada por crianças de cinco anos
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO Programa de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão Social UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/34712 |
Resumo: | Esta pesquisa tem como foco analisar as reflexões das crianças sobre a relação oral/escrito na produção colaborativa de escrita inventada de palavras em um Programa de Escrita Inventada. Os dados que são analisados nessa investigação compõem o acervo do Banco de Mediações do Programa de Intervenção Escrita Inventada que vem sendo construído pelo Grupo de Pesquisa em Alfabetização/GPA, do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita/ CEALE/FAE/UFMG. Trata-se de uma pesquisa cujos dados foram coletados em 2016 com crianças de 5 anos de uma escola de Educação Infantil em Belo Horizonte. A questão que orientou esse estudo foi: Quais habilidades e conhecimentos são mobilizados pelas crianças ao refletirem sobre a relação oral/escrito, a partir de interações constituídas na escrita colaborativa em um Programa de Intervenção de Escrita Inventada? Adotamos nessa investigação a abordagem qualitativa com a aplicação de técnicas de análise de conteúdo para descrição e a interpretação dos dados. Foram analisados 2362 enunciados ao longo das seis sessões do programa. Buscou-se categorizar os enunciados das crianças produzidos ao longo da escrita colaborativa, que evidenciaram ou nos forneceram pistas sobre os conhecimentos e as habilidades das mesmas. Foi identificado que na análise oral/escrito as crianças realizam reflexões com foco nas propriedades do Sistema de Escrita Alfabética e nos aspectos fonológicos das palavras. O aspecto visual da letra também foi objeto de atenção entre as crianças. Quando foram analisadas as propriedades do SEA, identificamos que as crianças mobilizam as percepções de que: as palavras escritas são organizadas por uma sequência de letras, as letras representam segmentos sonoros menores do que as sílabas orais que pronunciamos e as letras representam segmentos sonoros das palavras que pronunciamos. Com relação à análise fonológica, observamos que as crianças foram capazes de perceber a palavra como unidade sonora e de significado e a percepção dos segmentos sonoros da palavra. O estudo nos permite concluir que as crianças, ao longo das escritas colaborativas de um Programa de Escrita Inventada, mobilizaram o conhecimento de letra, a capacidade de analisar o sistema fonológico, a hipótese conceitual sobre a escrita e o reconhecimento das propriedades das palavras. Esperamos que o entendimento das reflexões metalinguísticas das crianças possa auxiliar na construção de um fazer pedagógico que atenda às especificidades da Educação Infantil. |