Não separar, mas ver : o método de Russell e o método do Tractatus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Gabriel Guedes Vieira Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
FAF - DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/76703
Resumo: Meu objetivo é determinar o método de Wittgenstein no Tractatus Logico-Philosophicus com a ajuda dos Notebooks 1914-1916, onde, junto a uma crítica ao método de Russell, Wittgenstein diz que seu método é de ver a firmeza do mole, e não de separar o firme do mole. Primeiramente, discuto o método de Russell em Scientific Method in Philosophy e em Our Knowledge of The External World e então mostro que o principal alvo da crítica de Wittgenstein é o construcionismo russelliano, i.e., a ideia de que se deve construir nosso conhecimento sobre o mundo exterior a partir do caráter indubitável “hard data” dos sense-data e das verdades da lógica. Argumento que tal construção é, para Russell, uma estratégia contra o ceticismo universal que é derivado de um uso particular da “Navalha de Occam”. Entretanto, de acordo com Wittgenstein, o ceticismo não é uma posição filosófica legítima que precisa de uma resposta, mas uma visão contrassensual a ser eliminada (aqui temos o uso correto da navalha de Occam, de acordo com Wittgenstein). Isso é o que o método do “estudo da linguagem de sinais” de Wittgenstein mostra quando ele nos permite a ver como o simbolismo lógico expressa a firmeza de nossa linguagem (o mole).