A "ralé" na high? : a inserção de bolsistas na faculdade dos "milionários"
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FAF - DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA Programa de Pós-Graduação em Sociologia UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/36404 |
Resumo: | Eventos esportivos universitários como os Jogos Jurídicos Mineiros são palco de intensas rivalidades entre alunos das faculdades que competem. Enquanto os atletas disputam seus jogos em quadra o restante do corpo discente presente ao evento se agrupa como uma espécie de torcida organizada que entoa músicas depreciativas contra a faculdade rival. Tais canções reforçam estigmas convencionados ao estudante de cada universidade, como os “beatos” da faculdade mantida por entidade religiosa e os “pobres” da faculdade pública. O presente trabalho investiga as dinâmicas de socialização entre estudantes bolsistas e alunos que pagam o valor integral da mensalidade de uma faculdade de direito privada em Belo Horizonte/MG. Os alunos da instituição pesquisada carregam alcunhas como “playboys” e “milionários” em razão da quantia gasta para estudar e fazem chacota com estudantes de universidades públicas por associação com supostos sinais de pobreza. Após a adoção do PROUNI as salas de aula dessa faculdade passaram a abrigar estudantes portadores de características zombadas nas músicas. Através de um trabalho de campo que contempla observação participante e entrevistas semiestruturadas, pretende-se analisar o relacionamento entre grupos que compõem o mesmo corpo discente (bolsistas e não bolsistas) apesar do abismo socioeconômico que separa seus integrantes. |