Análise de alguns indicadores epidemiológicos do sarampo no município de Belo Horizonte, no período de 1951 a 1985

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1987
Autor(a) principal: Carlos Henrique Mudado Maletta
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8PTG6A
Resumo: Algumas variáveis foram levantadas com o objetivo de se fazer a análise epidemiológica do comportamento do sarampo no município de Belo Horizonte, no período de 1951 a 1985. A incidência hospitalar e ambulatorial, a mortalidade pelo sarampo e a cobertura vacinal anti-sarampo foram estudadas, analisando-se a tendência secular da doença, os grupos etários de maior risco, e a relação entre o aparecimento da doença e a magnitude da cobertura vacinal. Dentre as doenças transmissíveis notificadas por hospitais e ambulatório, em 1984, o sarampo constituiu-se na primeira principal causa de hospitalização e na segunda principal causa de notificação pelos ambulatórios. A tendência secular do sarampo foi decrescente no período de 1977 a 1985. As taxas de incidência e de mortalidade por sarampo apresentaram um significativo declínio nos anos de 1983 a 1984, nos quais a cobertura vacinal em crianças menores de um ano e de um a quatro anos foi maior do que 90%. A menor taxa de incidência ocorreu no ano de 1984, quando atingiu 30,11 casos por 100 000 hab. A taxa de mortalidade por sarampo atingiu 15,72 óbitos por 100 000 habitantes, em 1975, declinando-se para 1,25 óbitos por 100 000 habitantes em 1984. O inquérito epidemiológico do sarampo realizado no Hospital Cícero Ferreira, no 2° semestre de 1984, constatou que, das 45 crianças internadas com sarampo, apenas 24 (55,33%) haviam sido vacinadas e 21 (46,67%) não haviam recebido a vacina. Apesar da deficiência dos dados estatísticos disponíveis, observou-se que têm sido ineficazes as ações praticadas pelo Sistema de Saúde Pública no controle da doença, especialmente as atividades de imunização, cuja cobertura tem sido baixa, apesar da sensível melhora observada em anos recentes.