A constituição de turmas de alfabetização: mecanismos de marginalização e exclusão na escola
Ano de defesa: | 1988 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/FAEC-87JHNK |
Resumo: | A partir da análise do papel que a Psicologia possui na prática pedagógica da escola, especificamente na 1º série do 1º grau, a presente dissertação pretendeu identificar: os critérios utilizados para a definição dos pré-requisitos necessários para o início da alfabetização; os critérios para a constituição de turmas de 1ª série, principalmente as chamadas turmas "imaturos" e turmas "especiais"; os critérios e as justificativas adotados para o "encaminhamento" de alunos, considerados como possuidores de "problemas de aprendizagem", a clínicas ou escolas especializadas em atendimento psicopedagógico. Foi realizado um estudo de caso em quatro escolas da rede pública de ensino, selecionadas entre aquelas que mais encaminharam alunos a uma instiuição especializada em atendimento psicopedagógico. Foram analisados a constituição das turmas de 1ª série do 1º grau, os remanejamentos realizados, durante todo o período letivo, com o objetivo de manter a homogeneização das turmas e os "encaminhamentos" dos "alunos-problema". Concluiu-se que a escola legitima, fundamentano-se em bases psicológicas, a concepção segundo a qual os alunos das classes dominadas são incapazes de aprender, sendo mentalmente deficientes, culturalmente defasados, utilizando-se de mecanismos de seleção, marginalização e exlusão desses alunos.Esses mecanismos, já incoprorados à prática pedagógica das escolas são: a constituição das turmas, os "remanejamentos" e os "encaminhamentos". Concluiu-se, também, que, para não existirem tais práticas, torna-se necessária uma escola com postura teórica e política diferente dessa escola de hoje. Até que tal fato se concretize é fundamental que se continue a denunciar a análise das condições sociais em que se dão a constituição das turmas, os "remanejamentos" e os "encaminhamentos " de alunos. |