Entre a escuta e a visão: o lugar do espectador na obra de Robert Bresson
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/FAFI-7TPQR3 |
Resumo: | O trabalho analisa a relação entre a escritura fílmica e o lugar do espectador na obra de Robert Bresson a partir de dois de seus filmes (Un condamné à mort sest échappé ou Le vent souffle où il veut, Um condenado à morte escapou ou O vento sopra onde quer, 1956 e Une femme doulce, Uma criatura dócil, 1969). Busca-se, então, compreender de que maneira, através da sua materialidade expressiva, os filmes reivindicam do espectador modos de olhar e de escutar, lançando mão de um princípio de não redundância entre o visual e o sonoro, que produz, no espectador, uma reflexão ativa sobre a sua própria experiência dos filmes. Em Um condenado à morte escapou, a análise se direciona especialmente à composição sonora do filme (dos ruídos acusmáticos e diretos aos silêncios, da voz à música) buscando apoio no pensamento musical de Pierre Schaeffer e Michel Chion para compreender as implicações da composição sonora na sua relação com a escuta do filme e com a situação do personagem que se encontra preso. Já em Uma criatura dócil, a análise se concentra nas operações das imagens, tendo a figura do mise en abyme como um dos elementos centrais no processo de composição visual. Desse modo, o trabalho buscou algumas das principais referências apontadas pelo filme (de Goethe a Shakespeare, de Manet à pintura holandesa do século XVII), e utilizou a pintura como um importante operador de leitura. |