[pt] A VERDADE SEGUNDO BRESSON, EM NOTAS SOBRE O CINEMATÓGRAFO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: SONIA TELLES RIBEIRO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=21853&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=21853&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.21853
Resumo: [pt] Nesta dissertação, analisamos os aforismos reunidos no livro Notes sur le cinématographe (1975), do diretor Robert Bresson, com o objetivo de delimitar seu conceito de verdade. No livro, Bresson opõe seu ideal do cinema como arte pura, o cinematógrafo, ao cinema contaminado pela estética teatral de representação. O primeiro alcança a expressão verdadeira por ser consistente com sua essência, seguindo os princípios dados nos aforismos. Como estes não são organizados por qualquer tipo de divisão no livro, agrupamo-os em temas e subtemas que discernimos a partir da recorrência de certas palavras. A dissertação concentrou-se nos seguintes temas e sua relação com a verdade: técnicas elípticas contra a representação; realidade e falsidade; a figura do diretor-artista; os modelos e o automatismo; composição e montagem. Essa análise reforçou as abordagens que aproximam Bresson das concepções fenomenológicas, pela fundamentação da verdade nas percepções imediatas, pré-reflexivas. Tais sensações devem corresponder à essência do objeto real percebido, e deixam de ser verdadeiras quando a cognição as submete ao sistema linguístico. A verdade não está nas proposições, mas na sensação momentânea da presença do objeto em meio ao desconhecido externo e interno ao sujeito. A câmera pode tornar a realidade oculta parcialmente visível, captando os indícios da sua essência. Nos filmes, a composição apresenta essa realidade nas repetidas conjunções entre o desconhecido, em diversas formas de elipses, e a materialidade intensificada das coisas.