A matemática em Georges Perec e Jorge Luis Borges: um estudo comparativo
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/ECAP-8BQF7G |
Resumo: | Esta tese propõe o estudo das relações entre matemática e literatura nas obras de Georges Perec e Jorge Luis Borges. O objetivo deste trabalho é, inicialmente, defender a ideia de que Borges é um plagiário por antecipação do Oulipo e que, segundo as teorias oulipianas, ele é um escritor potencial. Num segundo momento, procura-se demonstrar que quanto mais amplo é o conhecimento da matemática, maior é a possibilidade de criar e ler textos que utilizam contraintes e conceitos matemáticos, característica comum a Borges e Perec. Por fim, mostrando as diferenças e semelhanças entre os dois escritores, defendemos a tese de que estes dois autores, de origem, criação e literatura diferentes, podem ser ligados pela via da matemática, das classificações e da teoria literária de precursores. Pode-se afirmar que as relações de Perec e Borges com a matemática são superficiais, uma vez que, apesar de sua frequente utilização, ambos conheciam da mesma apenas algumas estruturas e conceitos básicos. Além disso, é possível encontrar também uma relação, similar à que existe entre a utilização da matemática nos dois escritores, entre os contos cabalísticos de Borges e a utilização da Cabala por Perec. Perec utilizou uma 'estrutura cabalística', enquanto Borges empregou os conceitos cabalísticos para criar sua ficção. As possibilidades de leitura, interpretação e combinação se encontram nas obras dos dois escritores. Portanto, acreditamos que conhecendo a matemática, é possível compreender e interpretar melhor certos escritos de Jorge Luis Borges e Georges Perec |