Apresentando as partidas: o ordinário e o infraordinário em Georges Perec e Roberto Bolaño

• Ano de defesa: 2014
• Autor(a) principal: Ramos, André Carneiro
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras; BR; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Letras
• Palavras-chave em Português: Ordinary; L´infra-ordinaire; Perec, Georges, 1936-1982 Crítica e interpretação; Perec, Georges, 1936-1982. La vie mode d´emploi; Bolano, Roberto, 1953-2003 - Crítica e interpretação; Bolano, Roberto, 1953-2003. Los detectives salvajes; Cinema e literatura; Literatura comparada Francesa e chilena; Literatura comparada Chilena e francesa; Realismo na literatura; Oulipo (Associação); Ordinário; Infraordinário; Oulipo; Georges Perec; Infrarrealismo; Roberto Bolaño; CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA COMPARADA
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6105

Esta tese propõe o estudo das relações entre o método infraordinário de observação do cotidiano, desenvolvido por Georges Perec, tendo como foco os romances La Vie mode d´emploi (1978), do próprio Perec, e Los detectives salvajes (1998), de Roberto Bolaño. O objetivo é, primeiramente, defender a ideia de que Bolaño foi uma espécie de plagiário original de Perec, reconhecendo no romance La Vie mode d emploi ressonâncias para a produção de sua mais celebrada obra. Num segundo momento se faz uma analogia entre produção literária e imanência do comum, com destaque para a teoria oulipiana (Oulipo Ouvroir de Littérature Potentielle, espécie de Sala de Costura da Literatura Potencial ) como uma arte combinatória. Por fim, apontando semelhanças e diferenças entre esses autores, defendemos a tese de que, apesar das distâncias culturais e geográficas, podemos correlacioná-los pela maneira como potencializam os objetos em suas descrições, revisitam o passado, e tentam subverter a tradição literária. Pode-se afirmar que as possíveis relações entre Perec e Bolaño remontam à revolução narrativa dos anos 70, com a prosa de ambos rasurando certo horizonte estético. E em ambos os romances visualiza-se uma espécie de puzzle literário. Todas essas possibilidades de leitura, interpretação e combinação se encontram nas referidas obras dos escritores elencados. Desse modo, acreditamos que com o método infraordinário de Georges Perec é possível compreender e interpretar melhor alguns escritos de Roberto Bolaño