A representação do intelectual em Um quarto de légua em quadro, de Luiz Antônio de Assis Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Mariana Moreira Fernandes Barata
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/ECAP-8SJJPS
Resumo: A presente dissertação tem por objetivo discutir como se dá a representação do intelectual na obra Um quarto de légua em quadro, de Luiz Antônio de Assis Brasil. Para tanto, nos deteremos sobre a configuração do intelectual enquanto tal e sobre os seus dilemas. Dessa forma, à luz da teoria culturalista, esperamos contribuir para o debate atual sobre a relevância do intelectual em sociedade, procurando, a partir da leitura da obra de Assis Brasil, discutir como aí se constrói essa figura. Será nosso intento demonstrar como a personagem Gaspar de Fróis, em um cenário do século XVIII, vivencia os impasses dos intelectuais da década de 1970, principalmente no Brasil. Esse posicionamento anacrônico nos levará a defender a hipótese de que, na obra em questão, há uma reflexão alegórica sobre a própria condição dos intelectuais, apoiando-nos nas considerações sobre o recurso alegórico. Posteriormente, investigaremos as implicações do jogo autoral e da escrita diarística presentes no romance, postulando que, em Um quarto de légua em quadro, existe uma ficcionalização do pacto autobiográfico. Essa estratégia, além de se ajustar aos conflitos que o intelectual Gaspar de Fróis experiencia, configurar-se-á numa das manifestações do plurilinguismo da obra. Além disso, o debate sobre a questão da referencialidade deslocada em Um quarto de légua em quadro nos impulsionará a refletir sobre as possibilidades do romance na década de 1970, descortinado o olhar crítico de Assis Brasil sobre sua realidade