Blefarorrafia eversora temporária na correção do entrópio de desenvolvimento em cães da raça Shar Pei
Ano de defesa: | 2004 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AXWGSP |
Resumo: | O entrópio de desenvolvimento é uma alteração palpebral de ocorrência freqüente em cães da raça Shar Pei, determinando lesões que podem ocasionar perda da função visual. A doença tem um caráter genético na raça, mas há uma importante participação de fatores morfológicos predisponentes, que incluem excesso de pele e rugas na região da cabeça e má justaposição entre as pálpebras e o bulbo ocular. Os sinais iniciais de fotofobia, epífora, inversão da pálpebra superior e conjuntivite são agravados pelo componente espástico resultante do blefarospasmo, determinando alterações mais sérias que incluem ulceração corneana e phthisis bulbi. O recrudescimento dos sinais clínicos é observado com o crescimento do animal naqueles casos em que não são realizados procedimentos preventivos. O objetivo do presente estudo foi avaliar os aspectos clínicos do entrópio em filhotes da raça Shar Pei e desenvolver uma nova técnica de blefarorrafia eversora temporária, capaz de impedir a progressão do quadro clínico e prevenir lesões bulbares, evitando-se a necessidade de futuras cirurgias corretivas. Utilizaram-se 50 animais com idades entre 18 e 128 dias, que apresentavam graus variáveis de inversão palpebral e lesões oculares. Para a execução das suutras, utilizouse agulha obtida de cateter endovenoso 20GAX1.16IN e nylon monofilamento de 0,3 mm, aplicando-se uma sutura em U por pálpebra em animais de até 45 dias de idade e duas para os demais. As suturas, repostas ou substituídas quando necessário, foram mantidas até pelo menos 120 dias de idade dos animais, criando uma eversão palpebral permanente que impediu o desenvolvimento do entrópio. Observou-se uma rápida recuperação das lesões bulbares após a aposição das suturas. Os animais foram acompanhados até os 12 meses de idade, época em que atingiam seu desenvolvimento pleno, para se verificar o aparecimento de eventuais alterações palpebrais. As suturas eversoras temporárias mostraram-se de execução simples e rápida, sem complicações pós-operatórias importantes e eficientes na correção do entrópio de desenvolvimento quando aplicadas em animais com menos de 90 dias de idade. |