Caracterização e estudo funcional dos genes anotados como hemolisinas do tipo III em Leishmania major.
Ano de defesa: | 2016 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil ICB - DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E IMUNOLOGIA Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Imunologia UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/34675 |
Resumo: | Trabalhos anteriores de nosso grupo demostraram que promastigotas e amastigotas de Leishmania amazonensis possuem uma citolisina capaz de lisar eritrócitos e macrófagos, a qual chamamos de leishporina, devido ao seu mecanismo de lise ser por formação de poros na membrana de macrófagos. Embora a leishporina já tenha sido caracterizada por nós sob diversos aspectos bioquímicos, sua identidade molecular é ainda desconhecida. Uma vez que o genoma da L. major já foi completamente sequenciado, iniciamos nosso trabalho buscando por genes que pudessem codificar proteínas que tivessem atividade citolítica e ser responsável pela atividade da leishporina. Nossas pesquisas no banco de dados tritrypDB, revelaram a existência de 3 genes anotados como hemolisinas do tipo III putativas denominados LmjF36.5500, LmjF36.5510, LmjF36.5520. Estas sequências mostraram uma homologia significativa com outras hemolisinas do tipo III formadoras de poros e já caracterizadas em outros organismos. Mostramos por PCR em tempo real que 2 destes genes são expressos em promastigotas na fase estacionária, fase em que a expressão da atividade da leishporina é máxima. Quando comparamos a expressão destes mRNAs entre promastigotas e amastigotas, verificamos que o mRNA do gene Lm5500 é mais expresso em amastigotas, enquanto que para o mRNA de Lm5520 parece não haver diferenças significativas, como demonstrado por PCR em tempo real e Northern blot. Não detectamos mRNA para o gene Lm5510, o que sugere que este gene é pouco/ou não expresso. A fim de determinar a localização subcelular destas proteínas, anticorpos policlonais foram produzidos em camundongos BALB/c e utilizados em microscopia de imunofluorescência confocal. Aparentemente, a proteína codificada pelo gene LmjF36.5520 se localiza em uma estrurura alongada e única, que aparenta ser o Túbulo Multivesicular (MVT), que se estende do bolso flagelar até a extremidade posterior do parasito. A proteína codificada pelo gene LmjF36.5500 está localizada em estruturas que se assemelham aos acidodocalcissomos. Confirmando os resultados PCR em tempo real, não foi possível detectar a fluorescência para a proteína codificada pelo gene Lmjf36.5510. Parasitas superexpressores das proteínas Lm5500 e Lm5520 foram gerados para avaliarmos o fenótipo lítico dos mesmos. Nossos resultados demonstram que os clones que superexpressam as proteínas Lm5500 e Lm5520 têm sua atividade litica aumentada em relação aos mock transfectados. Esse resultado indica que esas proteínas são potencialmente candidatas a codificarem a leishporina ou a uma proteína importante para a ação da leishporina. |