Estudo da coinfecção HIV-1/HTLV-1 em usuários de serviço de referência em Belo Horizonte, MG.2012 - 2013
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A8QP8H |
Resumo: | O objetivo desse estudo foi avaliar a prevalência da coinfecção HIV/HTLV em Minas Gerais, Brasil. As características clínicas e laboratoriais dos coinfectados foram analisadas. A população de infectados pelo HIV foi composta por 600 indivíduos, idade média 57 anos, 300(50%) homens. Infecção pelo HTLV-1/2 foi detectada em 12(2%) indivíduos e DNA proviral para o HTLV-1 foi detectado por reação em cadeia da polimerase em 10(1,7%) indivíduos, com idade média de 45 anos, sendo 5(50%) homens. Esses indivíduos foram comparados, em análise pareada por gênero e idade na proporção de um caso para três controles, com 30 infectados pelo HIV e 30 pelo HTLV-1. Por análise transversal, os coinfectados foram comparados ao grupo HTLV-1 quanto á carga proviral e avaliados quanto á cognição. O mesmo médico realizou o exame neurológico, considerou o protocolo de demência para definir o diagnóstico e não sabia a qual grupo o indivíduo pertencia. Por análise de prontuário, os coinfectados foram comparados ao grupo HIV quanto á carga viral, contagem de células CD4+ antes do tratamento antirretroviral e ocorrência de infecções oportunistas. Os resultados demonstraram que, entre os grupos comparados, não houve diferença em relação ao número de células CD4+, carga viral, carga proviral e infecções oportunistas. Sobre a avaliação cognitiva, demência foi diagnosticada em 4(40%) indivíduos coinfectados (p=0,002). A coinfecção não influenciou o padrão imunológico no sangue periférico, contudo parece causar alterações cognitivas. Como o HTLV-1 propicia mecanismos de ativação do HIV no sistema nervoso central, possivelmente atuou como um facilitador para o desenvolvimento do déficit neurocognitivo associado a AIDS na coinfecção. |