Representações de masculinidades em imagens publicitárias e violências contra as mulheres nas décadas de 1950 e 2000
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA Programa de Pós-Graduação em Promoção de Saúde e Prevenção da Violência UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/42485 |
Resumo: | Esta dissertação analisou como os homens e as masculinidades foram representadas em imagens presentes em campanhas publicitárias das décadas de 1950 e 2000 e como essas trouxeram ou não características e configurações de identidades que podem influenciar as violências cometidas contra as mulheres. Objetivou, além disso, compreender se a representação dos homens se assemelhava ou não em décadas tão distintas social, cultural e historicamente e em que medida a observação de algumas categorias de identidades puderam ter variado ou não. Nesse sentido, usando a pesquisa documental, a iconologia e a análise de conteúdo se analisou e refletiu sobre a produção e publicação de cinco peças publicitárias de cada período (1950-1959 e 2000-2009) que expressaram e contribuíram para a formação de estereótipos e hegemonias acerca das masculinidades e como isso pode estar relacionado com as violências contra as mulheres. As reflexões feitas permitiram delinear algumas conclusões: as imagens fornecem informações (ainda que apropriadas, controladas, objetificadas, fragmentadas e, sobretudo, reificadas, daquilo que foi experienciado no real), mas também modificam e ampliam nossas ideias sobre o que vale a pena olhar e sobre o que temos o direito de observar. A partir das análises feitas, foi possível explicitar também que imagens contidas em peças publicitárias ao longo das décadas de 50 do século XX e da primeira década dos anos 2000 variaram pouco no que tangem aos enquadramentos dos homens e suas categorias de identidades e contribuíram e reforçaram para a propagação e massificação de vertentes das masculinidades que corroboram para as violências contra as mulheres. As imagens podem reforçar e desenvolver uma posição moral e ética – especialmente diante da inexistência de uma consciência política apropriada – portanto, o uso de imagens nas quais os masculinos são mostrados, compartilhados e publicizados como detentores de atributos que contribuem para abusos, violências e dominação impostas às feminilidades deve ser punido e banido. É preciso educar para que as pessoas consigam ler, questionar e formular novos conceitos. É urgente se responsabilizar pelas imagens que são criadas e compartilhadas e, especialmente, sobre os efeitos que as mesmas produzem sobre as vidas e as existências, pois sabe-se que é a partir da crítica às imagens que surgem as imagens críticas, demolidoras do binarismo e da hegemonia. |