Devastação : um estudo lacaniano sobre a relação mãe e filha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Erika Vidal de Faria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
FAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
Programa de Pós-Graduação em Psicologia
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/39610
Resumo: Este trabalho se propõe a realizar um estudo lacaniano acerca da relação mãe e filha tendo a devastação como mote de investigação. Mobilizados pela recorrência e dificuldade no manejo clínico de tais casos, alvitrou-se transformar tal impasse num problema de pesquisa. A dissertação se ampara, portanto, na afirmação feita por Lacan no texto “O Aturdito” (1973, p.21), sobre a “realidade de devastação que constitui, na mulher, em sua maioria, a relação com sua mãe, de quem, como mulher, ela realmente parece esperar mais subsistência que do pai — o que não combina com ele, sendo secundário, nessa devastação”. Interessa-nos investigar o que se passa nessa relação que é devastadora, como constata Lacan, para a maioria das mulheres: afinal, o que torna essa relação tão difícil e por que em muitos casos ela se configura enquanto insuportável para uma mulher? Parece haver aí uma particularidade presente e é sobre essa particularidade que a pesquisa pretende se debruçar para tentar lançar luz à questão. Para tentar alcançar os objetivos propostos, produziu-se uma divisão na estruturação da pesquisa, estabelecendo, de um lado, uma incursão teórica e conceitual sobre a devastação, e, de outro, uma incursão clínica para evidenciar os fenômenos concernentes ao nosso objeto de apuração. As duas vertentes da investigação surgem com o intuito de localizar na teoria e prática psicanalítica, elementos que possam elucidar o problema da devastação entre mãe e filha. Foi eleita a casuística clínica da “Jovem Homossexual”, paciente atendida por Freud, para compor a pesquisa no intuito de tentar responder às questões suscitadas sobre a devastação que se constitui junto à mãe. A partir das elaborações relacionadas ao caso, evidenciou-se a questão do semblante vinculado à devastação, tomado enquanto um orientador fundamental na direção de tratamento de tais casos.