Injúria renal e uso do manitol com efeito renoprotetor em cadelas com piometra

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Mariana da Silva Figueiredo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/SMOC-9EFFQ7
Resumo: A piometra é uma afecção frequente em cadelas de meia-idade a idosas. Sua ocorrência pode determinar o desenvolvimento de glomerulopatias e lesões tubulares devido à deposição de imunocomplexos e pela ação de endotoxinas bacterianas, podendo ser transitórias ou levar a doença renal crônica. O conceito de renoproteção baseia-se na prevenção, proteção e controle da progressão da doença renal. O manitol é um diurético osmótico e se enquadra como agente renoprotetor. O presente estudo objetivou avaliar possíveis injúrias renais presentes no momento do diagnóstico da piometra e sua progressão ao longo do tratamento, avaliar o uso de marcadores precoces de injúria renal, como a GGT urinária e a relação proteína/creatinina urinária, avaliar a eficácia da terapia adjuvante com manitol e comparar o tratamento convencional com aquele com manitol. Foram avaliadas 36 cadelas com diagnóstico clínico e ultrassonográfico de piometra em oito tempos pré-estabelecidos: T0 (diagnóstico e internação), T1 (após reposição hídrica), T2 (1 a 2 horas de fluidoterapia de manutenção após o T1), T3 (12 horas após a cirurgia), T4 (24 horas após a cirurgia), T5 (48 horas após a cirurgia), T6 (10 dias após a cirurgia) e T7 (60 dias após a cirurgia). Vinte cadelas (G1) receberam a terapia convencional (fluidoterapia, antibioticoterapia e ovariohisterectomia) e 16 (G2) receberam a terapia convencional acrescida de manitol. Foi observada injúria renal em todas as cadelas no T0. Também houve alterações hematológicas e distúrbios de ácido-base. Apesar de indícios do efeito renoprotetor do manitol, não houve diferença significativa entre os dois grupos estudados. Foram evidenciados indícios de injúria renal em alguns animais nas avaliações mais tardias (T6 e T7), sinalizando a importância do acompanhamento clínico de cadelas com piometra, mesmo após o procedimento cirúrgico. Concluiu-se que todas as cadelas avaliadas apresentaram algum grau de injúria renal no momento do diagnóstico da piometra, sendo transitória na maioria dos animais após o tratamento. Concluiu-se também que a utilização de marcadores precoces de injúria renal reduz a falha no diagnóstico dessa alteração e permite melhor monitoramento da condição renal. Concluiu-se ainda que o tratamento convencional e o tratamento convencional acrescido de manitol apresentam a mesma eficácia no controle da injúria renal em cadelas com piometra.