Ruptura e continuidade em Apolônio de Rodes: os símiles nas Argonáuticas I
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/LETR-6W7JM6 |
Resumo: | Esta dissertação procura entender como Apolônio de Rodes, um dos três principais poetas helenísticos gregos, reformulou um dos elementos mais célebres da épica oral homérica, o símile ou comparação, e utilizou na composição das suas Argonáuticas. Tal objetivo foi perseguido por meio da análise do símiles das Argonáuticas I, da consideração dos modelos homéricos utilizados por Apolônio na sua composição e do cotejo entre a técnica dos símiles do poeta helenístico e aquela de Homero. Inicialmente, foi realizada uma revisão da bibliografia sobre símile homérico, objetivando individuar e descrever as várias categorias pertinentes ao seu estudo (estrutrura, temática, funções, relação com a narrativa e contexto imediatos) que posteriormente foram aplicadas à análise das comparações de Apolônio. Durante essa análise, constatou-se que a apropriação efetuada por Apolônio do símile homérico é extremamente sofisticada e funcional para a escrita de sua nova épica e conforma-se plenamente à prática alexandrina da imitação criativa ou arte alusiva, não devendo, portanto, ser entendida como aperfeiçoamento evolucionista, pois comportaria antes uma grande admiração e um profundo reconhecimento da utilidade narrativa dessa ferramenta estilística arcaica, do que uma percepção negativa acerca da grande poesia do passado da qual ela é continuidade diferenciada. |